Leia, com atenção, o excerto a seguir. As escolas particulares leigas, abrindo mão do princípio de que “a escola particular para ser livre precisa ser economicamente independente”, deram relevo à maior participação do estado no financiamento de empresas de ensino lucrativas, por motivos estritamente econômicos. [...] As escolas particulares católicas, como e enquanto empresas econômicas, são movidas pelos mesmos motivos. Graças a razões espirituais, acrescem a esses motivos a defesa da posição dominante que a Igreja Católica sempre ocupou na formação intelectual e moral do homem na ordem tradicional. Essa posição foi mais ou menos ameaçada pela expansão do sistema público de ensino, o que estimulou os sacerdotes católicos a lutarem aberta e denodadamente por novos meios de revitalização do sistema escolar submetido ao controle direto da Igreja Católica. (FERNANDES, Floristan. Educação e sociedade no Brasil. São Paulo: Dominus/EDUSP, 1966, p. 132) Baseando-se no excerto acima, é CORRETO afirmar que, para Florestan Fernandes, a escola pública representava uma ameaça à posição dominante da Igreja Católica na formação intelectual e moral. a escola particular leiga e a católica mantinham a mesma independência em relação ao financiamento estatal, priorizando exclusivamente a qualidade do ensino. a escola pública fortalecia a formação moral e espiritual do homem sob a liderança da Igreja Católica. a escola particular leiga defendia a liberdade econômica e a independência financeira em relação ao Estado. a escola particular católica não buscava influência econômica e prioriza apenas a formação religiosa.