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Aula 6 
A EDUCAÇÃO JESUÍTICA 
NO BRASIL COLÔNIA 
Maria José Aviz do Rosário 
Clarice Nascimento de Melo 
Profa. Fátima Machado Chaves
Profa. Roberta Guimarães
Março de 2023
RESUMO 
• analisa fundamentos teórico/metodológicos da educação Companhia de Jesus 
(1549 e 1759) 
• as fontes que versam sobre o contexto histórico, político e religioso; 
• aborda conceito de colônia; relações entre o modelo colonizador português, a 
Igreja católica e a educação. 
• a política educacional na colônia teve propósitos missionário/político/econômicos 
cuja diretriz foi traçada a partir da linha da política colonizadora de D. João III. 
• enfoca o papel dos jesuítas como os principais formuladores da política 
educacional e da burocracia iniciante do país, 
• análise das dimensões que consubstanciaram a perspectiva de transformação da 
colônia em um país católico, de língua portuguesa e de cultura ocidental cristã
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
A história da educação brasileira é constituída de várias histórias nas 
quais pode-se observar marcas próprias que caracterizam a época 
em que foram construídas
Aqui vivia população ameríndia, como o conceito de educação tem 
uma abrangência incalculável; consideramos que antes dos Jesuítas, 
existiam outras educações, logo, outras histórias da educação
• Estudar a educação brasileira no primeiro séc colonização implica compreender a 
realidade da época do ponto de vista cultural, econômico, político e religioso. 
• necessário ir às fontes que retratem aquele contexto social. 
• Um problema é o das fontes de pesquisa, são poucas: as pessoas que escreviam 
eram os jesuítas ou seus alunos ou influenciados por eles. 
• Não existia uma literatura brasileira, obras eram escritas por portugueses, editadas 
em Portugal e lidas por portugueses ou mamelucos alfabetizados pelos jesuítas. 
• Os autores descreviam o Brasil com produção que chamaríamos de “literária”. Mas 
a escrita jesuítica teve redação de documentos próprios e os sermões’. 
O CONCEITO DE COLÔNIA
“país” dependente, sem autonomia política e econômica para decidir e encaminhar os
seus próprios destinos. Tudo passa a existir em função dos objetivos e necessidade da
metrópole. Relação de dependência entre colonizado e colonizador. Brasil colônia faz
parte do contexto da história colonizadora europeia moderna, com o surgimento dos
Estados nacionais e expansão comercial ultramarina portuguesa. O sistema colonial
organizou-se sobre modo produção escravocrata. Primeiro, índios, e depois, pela
deficiência em lidar c/ indígenas, a escravidão se fundamenta na mão de obra do
negro africano. Brasil colônia teria três períodos:
1- vai da chegada de Cabral à instalação do governo geral, em 1549; 
2- longo tempo entre a instalação do governo geral e as últimas décadas do séc XVIII 
3- vai dessa época à independência, em 1822. 
Relação do Estado português e Igreja Católica 
 A posição do Estado em face da Igreja foi de fidelidade a autoridade papal; um 
dos poucos Estados que aceitou todas as decisões do Concílio de Trento 
 Essa fidelidade levou o Estado português centralizador e unificador a auferir 
diversos benefícios concedidos pela Santa Sé, como o padroado
 Pelo padroado compete ao Rei a escolha de Bispos, o direito de erigir igrejas, 
mosteiros, capelas, oratórios, enviar missionários, decretar censura e regras 
eclesiásticas. Executar a cobrança e a administração dos dízimos eclesiásticos 
devidos pelos habitantes das terras
 A Igreja Católica representada pelas diversas ordens religiosas: franciscanos, 
beneditinos. A Companhia de Jesus exerceu um papel eminentemente 
colonizador no Brasil que para tanto, passou a receber subsídios do Estado 
português.
COMPANHIA DE JESUS
• A ordem dos Jesuítas, em 1534, por Santo Inácio de Loyola para enfrentar as 
críticas reformistas e a expansão do protestantismo
• Atuaram como “soldados” de cristo na educação e no ensino. Na Europa 
ensinaram em seminários, colégios e universidades para recuperar a posição da 
Igreja Católica Romana, áreas recém – descobertas organizaram o trabalho 
educacional, as missões, para conquistar e preservar para a Igreja os povos não 
atingidos pela expansão protestante. 
A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL
 Primeiros jesuítas, chefiados por Manuel da Nóbrega, c/ missão de converter os 
indígenas à fé católica pela catequese e pela instrução. Em 1550, na Bahia e em 
São Vicente criaram duas escolas de ler e escrever, com meninos órfãos, visando 
sobretudo a formação de sacerdotes que pudessem se somar aos jesuítas em seu 
trabalho catequético. 
 Em 1553, chega José de Anchieta. Jesuítas e suas obras espalharam-se pelo país 
em regiões: São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. Em 1570, possuíam 8 
locais de ensino, sendo 5 escolas de nível elementar e 3 colégios de nível médio. 
 As escolas e colégios jesuítas, subsidiados pelo Estado português, formava 
sacerdotes para a catequese, instruir e educar os indígenas, os mamelucos e os 
filhos dos colonos. Estudo é encarado como fundamental, espaço para ideias 
contra o protestantismo e na preservação dos valores morais e na difusão da 
cultura cristã europeia. 
 Processo de criação de escolas elementares, secundárias, seminários e missões 
espalham pelo Brasil até o ano de 1759, quando são expulsos pelo Pombal
 Durante 210 anos, catequizaram maciçamente os índios, educaram os filhos dos 
colonos, formaram novos sacerdotes e a elite intelectual, promoveram o controle 
da fé e da moral dos habitantes e a difusão e unificação da língua portuguesa de 
Norte a Sul do país.
• Os jesuítas exerceram papel na educação e catequese e organização burocrática 
da nascente sociedade. Primeiros professores na educação formal/ escolarizada. 
CARACTERÍSTICAS DO ENSINO JESUÍTICO
Prioritário as escolas de ensino elementar e colégios que preparavam 
a elite dirigente local e para curso superior em Portugal
Característica: formalismo pedagógico: contradição existente entre os 
princípios cristãos europeus e os ensinados nas escolas e a realidade 
moral dos trópicos. O formal se contrapõe ao real, existindo um 
contraste entre práticas e princípios ensinados nas escola, nos 
colégios, na Igreja e os efetivamente, vividos na prática. O proclamado 
está distante da realidade aceitava-se que o importante não é ser mas 
parecer correto. 
A estrutura e o currículo baseados na Ratio Studiorum, previa um 
currículo e método único para os estudos escolares, dividido em: o 
inferior (médio) que propõe gramática, humanidades e retórica ; o 
superior (universitário): filosofia e teologia
Estruturaram 4 grades de ensino: curso elementar, o de 
humanidades, o de artes e o de teologia. Ensino livresco, humanista 
ornamental c/ marcas da herança “anti – científica“ do Ratio
Studiorum. Classe dominante adquire verniz cultural que a distingue 
do povo rude, plebe.
O curso elementar: primeiras letras (ler, escrever e contar) e a doutrina católica. No início os 
colégios foram utilizados na catequese do nativo, junto às crianças, para ser intérpretes dos 
índios adultos, depois passam a instruir apenas os descendentes dos colonizadores. Coube 
aos indígenas e aos mestiços e negros a educação para o trabalho através do convívio
o curso de humanidades, ministrado em latim, de 2 anos de duração, abrangia o ensino de 
gramática, da retórica e das humanidades. O ensino das línguas grega e hebraica foi 
substituído pelo tupi –guarani , facilitando a ação das missões. 
O curso de artes (ciências naturais ou filosofia) durava 3 anos. Nele ensinava-se lógica, física, 
matemática, ética e metafísica; formando bacharéis e licenciandos. Curso era para os cursos 
da Universidade de Coimbra: direito, medicina, cânones = uma elite de doutores 
comandaram a política brasileira. Os cursos de humanidade e de artes eram destinados a 
formar padres e a elite dirigente local de dependência
O curso de teologia, de quatro anos de duração conferia o grau de doutor,e estudava a 
teologia moral e a teologia especulativa (dogmas católicos).
• Apesar da educação estar nas mãos dos religiosos, os colégios eram públicos subsidiados 
pelo Estado. Para manter a dependência da colônia, o Rei de Portugal proibiu a criação 
de universidades no Brasil
• O curso de humanidades: ensinar o estilo literário de autores clássicos. 
• Nos cursos superiores de filosofia e teologia primava pelo escolasticismo medieval.
• Este método afastava os intelectuais do espírito científico nascente. 
• Este tipo de educação privilegiou o trabalho intelectual em detrimento do manual. 
• Esta educação acabou legitimando a divisão social do trabalho no Brasil. 
MISSÕES RELIGIOSAS 
 Jesuítas foram os responsáveis pela catequese do índio, construindo um imenso 
patrimônio em gente, terras e rendas, através das missões religiosas. 
 colonizadores queriam escravizar, tomar suas terras, suas mulheres ou matá-los, os 
jesuítas criam áreas distantes dos brancos para realizar a catequese, e teocracia 
era colocada em pratica com a finalidade de estirpar os costumes nativos e as 
bases da organização tribal. 
 criaram 24 missões pelo Paraguai e pelo sul do Brasil e na Região Amazônica. 
 Além de converter os nativos, batizando-os, mudando seus hábitos e ensinar-lhes 
o português, tornaram-se agentes de aculturação pela civilização cristã ocidental: 
fragilizou-os e os transformaram em presa fácil dos colonos que invadiam missões 
e escravizavam os nativos fragilizados, facilitando expansão do domínio português.
 Na educação e na catequese, os sermões dos jesuítas eram para converter os 
nativos – “gentios”: usavam linguagem simples, direta, que impressionasse o 
“público”, (homens, mulheres e crianças que não estavam habituados à reflexão). 
Estimulavam as pessoas a sentirem remorso, medo, culpa, com a ideia de pecado, 
de céu, de inferno, de diabo e a possibilidade de salvação dos infiéis pelo perdão 
dos pecados, misericórdia divina e conversão através da adesão ao catolicismo. 
 usavam o teatro e a música cantadas na linguagem indígena, ou em português, 
abordavam questões do cotidiano dos nativos, mas também inculcavam-lhes a 
religiosidade e a moral católica, trabalhando com ideias do bem do mal, pecado e 
virtude, representando divindades, adoradas pelos nativos e defendendo o 
monoteísmo cristão.
CONCEPÇÃO MISSIONÁRIA
Foi instalado a linha de ação numa perspectiva político/educacional, baseada na fé, 
na guerra de ideias contra o protestantismo e preservação dos valores morais e 
difusão da cultura cristã de base europeia; tendo em vista o princípio norteador da 
política colonial – assegurar a nova terra e dela tirar todos os proveitos. 
Constituiu no esforço de transformar os índios, através do ensino, em “bons 
cristãos” pela catequização, evangelização significava adquirir os hábitos de 
trabalhos dos europeus, criando um grupo de cultivadores indígenas flexível às 
necessidades da colônia. Essa ideia vingou para além dos indígenas, pois a 
pedagogia dos jesuítas perdurou após a expulsão.
Através dos colégios e das missões os jesuítas realmente auxiliaram no processo de 
colonização brasileira. Transformaram este país em país católico, de língua 
portuguesa, defenderam a cultura dominante cristã ocidental, formaram a elite 
dominante. 
Apesar da oposição e da resistência, pela aculturação, facilitou escravidão dos 
nativos: cumpriram acordos firmados entre a Igreja Católica e o Estado português
Adquiriram, além do poder religioso, um poder temporal, pois acumularam 
riquezas; tornaram – se ricos proprietários de fazendas, gado, escravos e colégios
Conflito entre o poder real e os jesuítas levou o Marquês de Pombal a expulsá– los
de Portugal e de suas colônias em 1759 sob a alegação de que a Companhia de 
Jesus se transformara em um verdadeiro Estado dentro do Estado português.
Aula 7
A reforma pombalina e suas 
implicações para a educação brasileira 
em meados do século XVIII 
Alexandre Shigunov Neto 
Dulce Maria Strieder
André Coelho da Silva 
Profa. Fátima Machado Chaves
Profa. Roberta Guimarães
Março de 2023
Saviani: periodização ideias pedagógicas, 
1º período (1549-1759) – monopólio vertente religiosa da pedagogia 
tradicional: 1) pedagogia brasílica ou período heroico (1549-1599) 2) 
institucionalização pedagogia jesuítica ou Ratio Studiorum (1559-1759) 
2º período (1759-1932) – Coexistência entre vertentes religiosa e leiga 
da pedagogia tradicional: 1) Pedagogia pombalina ou ideias 
pedagógicas despotismo esclarecido (1759-1827) 2) desenvolvimento 
da pedagogia leiga: ecletismo, liberalismo e positivismo (1827-1932) 
3º período (1932-1969) – Predominância da pedagogia nova: 
1) Equilíbrio entre pedagogia tradicional e pedagogia nova (1932-1947) 
2) Predomínio da influência da pedagogia nova (1947-1961) 3) Crise da 
pedagogia nova e articulação da pedagogia tecnicista (1961-1969) 
4º período (1969-2001) – Concepção pedagógica produtivista: 1) 
Predomínio pedagogia tecnicista, manifestações da concepção analítica 
de filosofia da educação e concomitante desenvolvimento visão crítico-
reprodutivista (1969-1980) 2) Ensaios contra-hegemônicos: pedagogia 
“educação popular”, pedagogia da prática, pedagogia crítico-social dos 
conteúdos e pedagogia histórico-crítica (1980-1991) 
PARA SAVIANI (2013) A REFORMA POMBALINA: 
“Defendia o desenvolvimento cultural do Império português pela 
difusão das novas ideias de base empirista e utilitaristas; pelo 
“derramamento das luzes da razão” nos mais variados setores da vida 
portuguesa; mas voltaram-se especialmente para a educação que 
precisaria ser libertada do monopólio jesuítico, cujo ensino se 
mantinha, conforme entendiam, preso a Aristóteles e avesso aos 
métodos modernos de fazer ciência”. 
Em Portugal, medidas pombalinas, expulsão da Companhia de Jesus 
de seus domínios, criaram condições para Iluminismo contido, c/ 
verniz científico: manteve a erudição literária, imitação e memorização 
Incrementaram sistema de ensino (elementar/médio), que possibilitou 
formação de burocracia administrativa moderna e eficiente p/atender 
às necessidades dos novos tempos.
Expulsar jesuítas e assumir a responsabilidade pela instrução pública, 
não se pretendia reformar o sistema e os métodos educacionais, mas 
também colocá-lo ao serviço dos interesses políticos do Estado. 
REFORMA POMBALINA NO BRASIL
Retrocesso para a educação, destruindo organização educacional já 
consolidada s/ implementar novo modelo que pudesse substitui-la. 
 Ideia de destruir uma proposta educacional em favor de outra, sem 
ter condições p/ realizar sua consolidação, a exemplo da dificuldade 
na implementação de escolas proposta por Pombal, o que ocorreu 
apenas após quase duas décadas. 
 Essa visão de destruição do existente a partir da intenção de 
substituí-lo por algo que ainda será elaborado ainda está muito 
arraigada na política educacional
Nova orientação do ensino é considerada um retrocesso se vista sob 
o prisma pedagógico, pois muito pouco acrescentou ao que já existia, 
e não houve ruptura c/ ensino tradicional, jesuítico, pois foi de 
conteúdo do que de método educacional
Desmantelamento organização educacional jesuítica e não ter projeto 
educacional provocou sérias implicações para o ensino, destruindo 
único sistema de ensino existente, só em 1776 se instituísse as 
escolas c/ cursos graduados e sistematizados.
Medidas do Alvará de 28 de junho de 1759 que geraram a destruição 
da organização da educação jesuítica e sua metodologia de ensino: 
1. transferiu a administração e a direção do ensino para a Real Mesa 
Censória, órgão criado em abril de 1768 
2. foram criadas no Brasil dezessete escolas de ler e escrever 
3. instituído um fundo financeiro para a manutenção dos estudos 
reformados, denominado de subsídio literário. 
4. a instituição de aulas de gramática latina, de grego e de retórica; 
5. a criação do cargo de “diretor de estudos” – pretendia-se que 
fosse um órgão administrativo de orientação e fiscalizaçãodo 
ensino; 
6. a introdução das aulas régias – aulas isoladas que substituíram o 
curso secundário de humanidades criado pelos jesuítas; 
7. a realização de concurso para professores para ministrar as aulas 
régias; 
8. a instituição de aulas de comércio. 
Sebastião José de Carvalho e Melo - Marquês de Pombal
vida pública em 1738: nomeado para funções de delegado de negócios em Londres. 
Assumiu o cargo de ministro da Fazenda do rei D. José I em 02 de agosto de 1750 
Empreendeu reformas administrativas, visando aumentar a arrecadação de dinheiro 
e a agilidade/eficiência da máquina administrativa do Estado português. 
Pretendia dinamizar a economia nacional e incentivar o desenvolvimento das 
indústrias e das companhias de comércio, adaptando Portugal aos movimentos 
sociais, culturais, econômicos e políticos que estavam ocorrendo na Europa do 
século XVIII. O polo industrial não prosperou: indústrias curto período pela pequena 
demanda do mercado interno e os produtos ingleses possuíam melhor qualidade
Para a transformação da nação portuguesa, o Marquês de Pombal precisaria, 
fortalecer o Estado e o poder do rei em relação a nobreza e o clero 
Uma das medidas foi a expulsão dos jesuítas de todo o Império português. Pode 
fazer porque: 1-preocupação da Coroa portuguesa com o enriquecimento da 
Companhia de Jesus, 2-sua influência política e 3-na acusação de interesse dos 
jesuítas em organizarem um “império teocrático” nas missões. 
O espírito antijesuítico: atribuição dos males e da decadência da educação e da 
cultura na Metrópole e na colônia brasileira à Companhia de Jesus. 
A presença jesuítica nos domínios portugueses colocaria em risco os projetos 
reformadores, visto a influência que exerciam em todos os setores da sociedade.
PROJETO PEDAGÓGICO POMBALINO
1. a secularização do ensino; 
2. a valorização da língua portuguesa; 
3. o papel e a importância do estudo do latim realizado pela língua portuguesa: o estudo do 
latim era a possibilidade de simplificar e abreviar a duração dos estudos; 
4. a redução do número de anos destinados aos estudos nos níveis de ensino inferiores 
destinava-se a aumentar o número de ingressos nos cursos superiores;
5. a apresentação de um plano de estudos para todos os níveis de ensino, do fundamental 
(que inicia-se a partir dos sete anos de idade) até os níveis superiores de ensino; 
6. várias disciplinas literárias: português, latim, retórica, poética e filosofia (lógica, moral, 
ética, metafísica e teologia), direito (direito civil e direito canônico), medicina (anatomia), 
grego, hebreu, francês, italiano, anatomia, física (aritmética e geometria); 
7. a proposição da escola pública e gratuita para toda a população, como medida de reduzir 
o analfabetismo. Abertura de escolas públicas em todos os bairros
8. a recomendação de uma transformação de comportamento dos professores em relação 
aos seus alunos, visando melhorar a relação professor/aluno; 
9. a proposição de que a Universidade deveria ser aberta à comunidade e de que membros 
da comunidade poderiam assistir as aulas ministradas; 
10. criar colégios para pobres: capacitá-los com hábitos do mundo burguês e da nobreza; 
11. considerações sobre a educação das mulheres, sugerindo a necessidade de que 
frequentassem as escolas para adquirir conhecimentos associados à administração do lar. 
12. Inspirado nos ideais iluministas, Pombal substituiu, formalmente, a metodologia 
eclesiástica dos jesuítas pelo pensamento pedagógico da escola pública e laica. 
SEGUE, A SEGUIR, OS SLIDES DA AULA 8
A MAQUINARIA ESCOLAR

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