Ed
há 24 horas
Para responder a essa questão, é importante considerar o contexto do pluralismo jurídico e os direitos humanos conforme abordados pela Carta Africana. O pluralismo jurídico reconhece a coexistência de diferentes sistemas legais, mas isso não significa que todas as práticas culturais sejam aceitáveis, especialmente se violarem direitos fundamentais. Analisando as opções: a) O pluralismo jurídico é admitido, mas não pode justificar práticas contrárias a direitos fundamentais, como igualdade e integridade física. - Esta opção reflete a ideia de que, embora o pluralismo jurídico seja reconhecido, ele não pode ser usado para justificar práticas que violem direitos humanos. b) O Tribunal não tem competência para interferir em costumes locais, ainda que violem direitos das mulheres. - Essa opção sugere uma limitação excessiva da atuação do Tribunal, o que não está alinhado com a proteção dos direitos humanos. c) A Carta prevê hierarquia explícita favorável aos costumes tradicionais sobre normas internacionais. - Essa opção não é correta, pois a Carta não prioriza costumes que violem direitos humanos. d) Questões culturais só podem ser avaliadas pela Comissão, não pelo Tribunal Africano. - Essa opção limita a atuação do Tribunal de forma inadequada. e) O pluralismo jurídico garante validade absoluta a todas as tradições, independentemente de seu impacto nos direitos humanos. - Essa opção é incorreta, pois não se pode garantir validade absoluta a tradições que violam direitos humanos. A interpretação que melhor se harmoniza com a abordagem cultural defendida pela Carta é: a) O pluralismo jurídico é admitido, mas não pode justificar práticas contrárias a direitos fundamentais, como igualdade e integridade física.