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Conforme o Enunciado 364 da IV Jornada de Direito Civil, no contrato de fiança é nula a cláusula de renúncia antecipada ao benefício de ordem quando inserida em contrato de adesão. No entanto, a jurisprudência do STJ não parece aplicar esse dispositivo, admitindo cotidianamente a renúncia em contratos celebrados junto a imobiliárias (evidentemente, por adesão).
Tal contrato é
A. inválido, pois, embora a fiança possa ser estipulada contra a vontade do devedor, e em valor inferior ao da obrigação principal, é nula a renúncia ao benefício de ordem, tendo em vista que a fiança não pode receber interpretação extensiva.
B. válido, pois a fiança pode ser estipulada mesmo contra a vontade do devedor e em valor inferior ao da obrigação principal, e havendo renunciado ao benefício de ordem, Luiz terá́ direito de exigir sejam excutidos, antes dos seus, os bens do devedor.
C. inválido, pois a fiança, assim como qualquer contrato, não pode ser estipulada contra a vontade de uma das partes.
D. inválido, pois, embora a fiança possa ser estipulada contra a vontade do devedor, deve necessariamente compreender o valor integral da obrigação principal.
E. válido, pois a fiança pode ser estipulada mesmo contra a vontade do devedor e em valor inferior ao da obrigação principal, mas havendo renunciado ao benefício de ordem, Luiz não terá́ direito de exigir sejam excutidos, antes dos seus, os bens do devedor.
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há 2 meses

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há 2 meses

Vamos analisar as alternativas com base no Enunciado 364 da IV Jornada de Direito Civil, que trata da nulidade da cláusula de renúncia antecipada ao benefício de ordem em contratos de adesão. A cláusula de renúncia ao benefício de ordem é considerada nula quando inserida em contrato de adesão, o que significa que o fiador não pode abrir mão desse direito de forma antecipada. Agora, vamos analisar cada alternativa: A. Inválido, pois, embora a fiança possa ser estipulada contra a vontade do devedor, é nula a renúncia ao benefício de ordem, tendo em vista que a fiança não pode receber interpretação extensiva. - Correto, pois reflete a nulidade da cláusula de renúncia. B. Válido, pois a fiança pode ser estipulada mesmo contra a vontade do devedor e em valor inferior ao da obrigação principal, e havendo renunciado ao benefício de ordem, Luiz terá direito de exigir sejam excutidos, antes dos seus, os bens do devedor. - Incorreto, pois ignora a nulidade da cláusula de renúncia. C. Inválido, pois a fiança, assim como qualquer contrato, não pode ser estipulada contra a vontade de uma das partes. - Incorreto, pois a fiança pode ser estipulada contra a vontade do devedor. D. Inválido, pois, embora a fiança possa ser estipulada contra a vontade do devedor, deve necessariamente compreender o valor integral da obrigação principal. - Incorreto, pois a fiança pode ser estipulada em valor inferior. E. Válido, pois a fiança pode ser estipulada mesmo contra a vontade do devedor e em valor inferior ao da obrigação principal, mas havendo renunciado ao benefício de ordem, Luiz não terá direito de exigir sejam excutidos, antes dos seus, os bens do devedor. - Incorreto, pois a cláusula de renúncia é nula. Portanto, a alternativa correta é: A. inválido, pois, embora a fiança possa ser estipulada contra a vontade do devedor, é nula a renúncia ao benefício de ordem, tendo em vista que a fiança não pode receber interpretação extensiva.

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No caso das bagagens, o dispositivo não isenta, por si só, o transportador, dado que a pessoa não é obrigada a fazer a declaração, mas a ela é facultada. Isso serve para facilitar a prova. Como provarei que tinha determinado bem em minha bagagem, para exigir reparação?
(TRF-4ª REGIÃO / TRF-4ª REGIÃO – 2016) Assinale a alternativa INCORRETA.
A. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não terá eficácia, e ele não se extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário dispensado de prestar contas e podendo transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.
B. O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente. Nessa espécie contratual, o comissário fica diretamente obrigado para com as pessoas com quem contratar, sem que estas tenham ação contra o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissário ceder seus direitos a qualquer das partes.
C. Se uma prestação não for divisível e houver dois ou mais devedores, cada um será obrigado pela dívida toda. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
D. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos e honorários de advogado.
E. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e às suas bagagens, salvo motivo de força maior e expressa cláusula de não indenizar.

A respeito de contratos de seguro, considere as seguintes assertivas:
I. Nos seguros de dano, a garantia prometida não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento da contratação e a indenização não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento do sinistro.
II. Nos seguros de pessoas, o capital segurado é livremente estipulado pelo proponente, que pode contratar mais de um seguro sobre o mesmo interesse, com o mesmo ou diversos seguradores.
III. Salvo disposição em contrário, não se admite a transferência do contrato de seguro de dano a terceiro com a alienação ou cessão do interesse segurado.
IV. No seguro de vida, só podem figurar como beneficiárias pessoas que estejam sob a dependência econômica do segurado, exceto se se tratar de cônjuge ou companheiro.
V. No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte, o capital estipulado, para o caso de morte, não está sujeito às dívidas do segurado, nem se considera herança.
Está correto o que se afirma APENAS em (A) III, IV e V.
(B) I, III e IV.
(C) II, III e V.
(D) I, II, e V.
(E) I, III e V.

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