A afirmação sobre a abolição da escravatura no Brasil em 1888 contém alguns pontos que precisam ser esclarecidos: 1. Processo Gradual: A abolição foi, de fato, um processo gradual. A Lei do Ventre Livre, de 1871, permitiu que os filhos de escravas nascessem livres, mas não libertou os escravizados já existentes. Outras leis, como a Lei dos Sexagenários (1885), também contribuíram para a gradual libertação. 2. Libertação em 1888: A Lei Áurea, sancionada em 13 de maio de 1888, aboliu a escravidão de forma imediata, libertando todos os escravizados no Brasil. Portanto, a afirmação de que "libertou todos os escravizados de uma vez" é correta. 3. Apoio dos Fazendeiros: A abolição não foi amplamente apoiada pelos fazendeiros, que temiam a perda de mão de obra e a desestabilização econômica. Muitos se opuseram à abolição, e a pressão para a libertação dos escravizados veio de movimentos abolicionistas e da sociedade civil. 4. Mudanças para os Ex-escravos: Após a abolição, os ex-escravos enfrentaram grandes dificuldades, como a falta de direitos, acesso à terra e oportunidades de trabalho. Portanto, a afirmação de que "não trouxe nenhuma mudança imediata" é verdadeira, pois a liberdade não se traduziu em igualdade ou melhoria nas condições de vida. Em resumo, a abolição da escravatura no Brasil foi um processo complexo, com avanços e desafios, e suas consequências foram sentidas de forma desigual pelos ex-escravizados.