Desde os primórdios, o trabalho esteve ligado à sobrevivência humana, manifestando-se em atividades básicas como a caça, a pesca e a coleta. Na pré-história, não havia divisão formal de funções nem regulamentação, mas, sim, um esforço coletivo e individual para atender às necessidades vitais, utilizando recursos limitados e ferramentas rudimentares. Com o avanço da organização social, a atividade laboral passou a assumir funções mais complexas, conectadas à produção excedente, à especialização de tarefas e, posteriormente, à regulação jurídica. A compreensão dessa trajetória é fundamental para perceber como a noção de trabalho se deslocou de uma prática puramente física para um conceito jurídico e socialmente estruturado.
Com base nesse panorama, qual das alternativas descreve de forma mais adequada a transição conceitual e funcional do trabalho ao longo da história?
A.
Passagem de atividades de subsistência não reguladas para funções produtivas organizadas e juridicamente reconhecidas, vinculadas à divisão social do trabalho.
B.
Evolução de práticas de trocas simbólicas e culturais para um sistema universal de trabalho remunerado, homogêneo em todas as sociedades.
C.
Transformação de um conjunto de rituais comunitários em uma atividade exclusivamente individual, desvinculada de estruturas econômicas ou políticas.
D.
Mudança das formas coletivas de subsistência para atividades voltadas apenas à acumulação de bens materiais, sem influência de fatores sociais ou jurídicos.
E.
Conversão de atividades informais em um modelo centralizado de produção industrial, restrito a sociedades urbanizadas e tecnologicamente avançadas.
Ed
há 2 meses
Vamos analisar as alternativas uma a uma para encontrar a que melhor descreve a transição conceitual e funcional do trabalho ao longo da história, conforme o contexto apresentado. A. Passagem de atividades de subsistência não reguladas para funções produtivas organizadas e juridicamente reconhecidas, vinculadas à divisão social do trabalho. Esta alternativa reflete bem a evolução do trabalho, que começou com atividades básicas e não regulamentadas e se desenvolveu para funções mais complexas e organizadas, reconhecidas juridicamente. B. Evolução de práticas de trocas simbólicas e culturais para um sistema universal de trabalho remunerado, homogêneo em todas as sociedades. Essa opção não se alinha com a ideia de que o trabalho evoluiu de atividades básicas para funções organizadas, pois fala de um sistema universal e homogêneo, o que não é o caso. C. Transformação de um conjunto de rituais comunitários em uma atividade exclusivamente individual, desvinculada de estruturas econômicas ou políticas. Essa alternativa não representa a transição do trabalho, pois ignora a importância das estruturas sociais e econômicas que influenciam o trabalho. D. Mudança das formas coletivas de subsistência para atividades voltadas apenas à acumulação de bens materiais, sem influência de fatores sociais ou jurídicos. Essa opção também não é adequada, pois desconsidera a regulação e a organização social que surgiram com a evolução do trabalho. E. Conversão de atividades informais em um modelo centralizado de produção industrial, restrito a sociedades urbanizadas e tecnologicamente avançadas. Essa alternativa é muito específica e não abrange a transição do trabalho ao longo da história de forma geral. Após essa análise, a alternativa que melhor descreve a transição conceitual e funcional do trabalho ao longo da história é: A. Passagem de atividades de subsistência não reguladas para funções produtivas organizadas e juridicamente reconhecidas, vinculadas à divisão social do trabalho.