Ed
semana passada
Vamos analisar as alternativas em relação ao verso “Bengala hoje na mão, ontem garlopa” e à crítica social que Gregório de Matos faz sobre o enriquecimento ilícito. a) Trata-se de metonímias da condição social. - Metonímia envolve a substituição de um termo por outro que tenha uma relação de contiguidade. Aqui, não estamos apenas substituindo termos, mas fazendo uma crítica à mudança de status social. b) São hipérboles acerca do enriquecimento. - Hipérbole é uma exageração. Embora a crítica seja forte, não se trata de exagero, mas de uma observação irônica. c) Paradoxo é uma figura de estilo recorrente do Barroco. - Embora o Barroco utilize paradoxos, essa opção não se aplica diretamente ao verso em questão. d) Houve emprego proposital de uma elipse, que mascara passagem entre dois estados. - Elipse é a omissão de uma palavra ou expressão. Não é o caso aqui, pois a frase é clara em sua crítica. e) Há um eufemismo ao caracterizar o enriquecimento por uma bengala. - Eufemismo é uma suavização de uma expressão. A "bengala" representa um status elevado, enquanto "garlopa" representa um trabalho manual, mas não é uma suavização. A opção que melhor se encaixa na análise do verso e na crítica social feita por Gregório de Matos é a) trata-se de metonímias da condição social. A "bengala" e a "garlopa" representam, respectivamente, a ascensão e a queda social, refletindo a crítica ao enriquecimento ilícito.