Como fonte do direito romano como acontecia a jurisprudência ?
Gilmara Lima
O direito romano valorizava a solução dos casos concretos; realizar o direito era
solucionar um conflito real e existente, num dado momento, em uma dada comunidade,
envolvendo determinadas pessoas. Cada caso concreto era um mundo sob o qual deveria o
jurista meditar e buscar a solução mais justa, compreendendo como justo, um justo real, para
o caso concreto, e não um justo ideal, improvável, inexistente e inatingível.
A tradição romana foi estruturada sob a realização da justiça para os casos concretos.
As fórmulas elaboradas pelos jurisconsultos tinham pouca ou nenhuma preocupação em
definir conceitos fundamentais do direito. A elaboração das fórmulas dos jurisconsultos e seu
registro ocorreu apenas por meio dos edicta dos magistrados, tornando a jurisprudência desse
período uma criação coletiva e não individual (SCHULZ, 1953, p. 60).
Louise Chacha
Antes de se questionar acerca da Jurisprudência no Direito Romano, faz-se necessário destacar o significado do termo.
Jurisprudência: Reunião das decisões tomadas num tribunal no âmbito do direito. A jurisprudência existe para suprir deficiências legais. Dessa forma, a ação consiste na interpretação das leis tomadas em julgamentos anteriores, fazendo com que as mesmas sirvam de fundamento para causas análogas (semelhantes).
(A jurisprudência no Direito Romano segue esta mesma significação!)
Jurisprudência no Direito Romano: Um grupo de pessoas dotadas de amplo saber jurídico (os jurisconsultos dedicados a tal ciência) que, entre outras atividades, desempenhavam a de conselheiros que clarificavam - quando eram requeridos por um particular, magistrado ou juiz - as obscuridades existentes no código, e resolviam os problemas de armonização de umas leis com outras; aplicando uma determinada norma ao caso concreto.
Tudo isso, através da interpretação das leis de julgamentos anteriores.
REFERÊNCIA: GARCÍA, 1996.
Guilherme Burzynski Dienes
Através dos pretores urbanos, que lidavam com as questões referentes aos cidadãos romanos, e peregrinos que lidavam com as questões das zonas rurais. A maioria dos casos cíveis eram decididos por um único pretor (iudex unus) inicialmente, e posteriormente foram estabelecidas cortes de diversos pretores para decidir casos complexos.
Ex: corte de centumviri
Fonte: MOUSOURAKIS, George. The Historical and Institutional Context of Roman Law. Hampshire: Ashgate Publishing Limited, 2003.
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