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O que acontece na colidência entre marca,nome empresarial ,nome fantasia e domínio?

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FAIAO Jaime

Qual a diferença entre razão social, nome fantasia e marca?

Você criou uma empresa e primeiro passo para colocá-la em funcionamento é o registro na Junta Comercial. Para isso, é preciso escolher um “nome oficial” ao seu negócio, que constará nesse registro e em todos os documentos oficiais da empresa: contratos, CNPJ, escrituras. Esse “nome oficial” é justamente o que chamamos de razão social.

O nome fantasia, por outro lado, é um pouco diferente: é como se fosse o apelido da empresa, ou seja, aquele nome pelo qual ela é publicamente reconhecida. Um negócio com a razão social “ABC Comércio de Roupas Ltda.” pode apresentar um nome fantasia de “ABC” apenas: um “apelido” mais fácil de ser lembrado e reconhecido entre os consumidores.

Por último, temos a marca, que é um tipo de sinal utilizado para diferenciar produtos e serviços uns dos outros. É bastante parecida com o nome fantasia, já que é um instrumento pelo qual a empresa vai se comunicar com seus clientes. Inclusive, é por meio dela que eles serão capazes de distinguir seus produtos e serviços daqueles oferecidos pela concorrência.

O registro em órgãos estaduais e a insegurança jurídica

Como mencionamos, o registro na Junta Comercial do Estado é o primeiro passo para o funcionamento de um negócio, já que é a partir desse ato que a empresa começa a existir oficialmente. Para que o registro seja efetuado, é necessário escolher a razão social e nome fantasia da empresa. Não é possível registrar duas empresas com a mesma razão social, já que esse é considerado o nome oficial do empreendimento e seria perigoso ter duas pessoas jurídicas atuando no mercado sob uma mesma denominação.

Contudo, essa proteção da razão social só se aplica em âmbito estadual. Usando o exemplo dado, é possível que existam várias “ABC Comércio de Roupas Ltda.”, desde que cada uma atue em um Estado diferente. A situação quanto ao nome fantasia é ainda pior: não há qualquer restrição ao registro de nomes fantasia idênticos por mais de uma empresa.

Então como eu posso proteger a minha empresa?

A situação apresentada pode passar então uma certa insegurança ao empreendedor, que se pergunta: como garantir que meus produtos e serviços sejam reconhecidos pelos clientes e protegidos contra o uso indevido?

A resposta para essa pergunta é o registro de marcas. Esse registro é efetuado perante um órgão nacional, o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), e garante que o seu dono tenha o uso exclusivo da marca registrada. Ao contrário do registro juntos aos órgãos estaduais (que oferecem uma proteção restrita àquele estado), o registro de uma marca no INPI confere uma proteção que abrange o país inteiro: ninguém mais no país poderá usar a marca registrada para denominar seus produtos e serviços em uma mesma área de atuação.

Além disso, é importante lembrar que a marca faz parte dos ativos intangíveis da sua empresa, já que, uma vez bem estabelecida e reconhecida pelo público, pode agregar um valor enorme ao seu empreendimento — e, por isso, é importante proteger ao máximo essa parcela do patrimônio.

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FAIAO Jaime

Já comentamos que a proteção legal é extremamente aconselhável para quem tem uma marca. Mas, digamos que, ao mesmo tempo, você tenha um site na internet, uma firma comercial e fabrique também um produto qualquer. Obviamente, todas essas coisas têm que possuir um nome, um sinal por meio do qual sejam conhecidos. Entretanto, para cada objeto em questão existe uma proteção. Assim, nomes de domínio de internet, por exemplo, não são passíveis de registro no INPI; da mesma forma, o registro do nome comercial não pode ser efetuado neste órgão, sendo de competência das juntas comerciais de cada estado. No exemplo dado, somente a marca do produto é que pode ser registrada no INPI.

O domínio é um nome que serve para localizar e identificar conjuntos de computadores na Internet. O nome de domínio foi concebido com o objetivo de facilitar a memorização dos endereços de computadores na Internet. Sem ele, teríamos que memorizar uma sequência grande de números.Qualquer entidade legalmente estabelecida no Brasil como pessoa jurídica (instituições) ou física (Profissionais Liberais e pessoas físicas) que possua um contato em território nacional pode registrar um domínio. Existem algumas extensões de domínios que só são liberadas para registro após o envio de alguns documentos, comprovando o enquadramento na atividade denotada pelo tipo de domínio. São elas: .org.br, .net.br, .psi.br, .edu.br, .g12.br e .mil.br

 Nome comercial é o nome ou firma comerciante individual ou a firma ou razão comercial das sociedades comerciais que atuam sob firma e a denominação das sociedades anônimas e limitadas. É o nome que o comerciante adotou para o comércio e que consta no contrato ou estatuto das sociedades comerciais. Este nome pode ser constituído por uma denominação, que pode ser um termo de fantasia ou então um nome patronímico. Ele também pode se referir ao nome da sociedade que o emprega, ao termo que a empresa escolhe como sinal, marca ou ainda como uma sigla. O nome comercial deve possuir um poder identificador e não criar nenhum risco de confusão com outras empresa.

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Paduan Seta Advocacia

É importante deixar claro que a colidência desses elementos se resolvem olhando sempre para a realidade dos negócios: qual o mercado que os conflitos estão ocorrendo? E o território? Esses conflitos se dão no mesmo município, no mesmo estado?

Sendo assim, essas perguntas são relevantes para a resolução desses conflitos.

Além disso, quem realizou o registro anteriormente da marca detém sempre a prioridade, por conta de previsão na própria Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279).

Outro fator importante é a intenção. Se a intenção é prejudicar ou se aproveitar de determinado nome que já é utilizado e conhecido do público, fatalmente será considerado fraude.

É claro que a intenção só poderá ser avaliada caso a caso e, no geral, é assim que serão resolvidos esses casos de colidência.

Por exemplo: Caso uma marca já seja registrada e um terceiro registre o domínio relativo àquela marca sem realmente exercer nenhuma atividade com aquele nome, poderá ser considerado fraude e um juiz poderá obrigar a transferência do domínio para aquele que registrou a marca.

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