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pLanejamento, Gestão Educacional e Currículo 1 Uma escola, ao desenvolver seu currículo, optou por uma abordagem que valoriza práticas pedagógicas que partem da vivência dos estudantes, incorporando saberes tradicionais, linguagens populares e narrativas marginais. Essa escolha gerou conflitos com setores da comunidade que defendem uma educação centrada nos “valores universais” e nos “conteúdos clássicos”, acusando a escola de promover uma educação “politizada” e “ideológica”. Diante dessa situação, como pode ser compreendida a relação entre currículo, poder e identidade? A crítica à presença de narrativas não-hegemônicas no currículo revela o incômodo com a redistribuição simbólica do poder e com a emergência de novas formas de pertencimento e representação no espaço escolar. O currículo deve ser despolitizado para garantir a imparcialidade da educação, priorizando conteúdos consagrados pela tradição acadêmica ocidental. A valorização de saberes marginais ameaça a unidade nacional ao fragmentar a identidade cultural comum e comprometer o pacto civilizatório da educação. A escola deve evitar conflitos curriculares com a comunidade, preservando uma educação neutra e técnica, desvinculada de disputas sociais e culturais.
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Miralva Silva

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A relação entre currículo, poder e identidade é complexa e envolve a forma como diferentes saberes e narrativas são valorizados ou marginalizados no ambiente escolar. A escolha de uma abordagem que valoriza práticas pedagógicas baseadas na vivência dos estudantes e saberes tradicionais pode ser vista como uma tentativa de democratizar o conhecimento e reconhecer a diversidade cultural. Por outro lado, a crítica à inclusão de narrativas não-hegemônicas muitas vezes reflete um desejo de manter uma educação que prioriza conteúdos considerados universais e clássicos, o que pode ser interpretado como uma forma de preservar estruturas de poder existentes. Essa tensão entre diferentes visões de currículo pode gerar conflitos, mas também é uma oportunidade para discutir e redefinir o que significa uma educação inclusiva e representativa. Assim, o currículo não é apenas um conjunto de conteúdos, mas um espaço de disputa de significados e identidades, onde a valorização de saberes marginais pode contribuir para uma maior pluralidade e reconhecimento das diversas identidades presentes na sociedade.

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