Ed
ontem
Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar a correta em relação ao regime jurídico-administrativo: a) Prevalece na doutrina o entendimento de que o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é incompatível com os postulados da proporcionalidade e da concordância prática, motivo pelo qual deve ser rejeitado enquanto mecanismo dogmático de identificação do regime jurídico-administrativo. - Essa afirmação é controversa, pois a supremacia do interesse público é um princípio fundamental do direito administrativo, e a proporcionalidade pode coexistir com ele. b) O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado autoriza que a Administração aja para atender as necessidades públicas, segundo a noção de interesse público do gestor, ainda que não haja autorização legislativa e a sua conduta importe ofensa ao núcleo dos direitos fundamentais. - Essa alternativa é incorreta, pois a atuação da Administração deve sempre respeitar os direitos fundamentais e a legalidade. c) O princípio da indisponibilidade do interesse público está relacionado ao fato de o gestor público não deter o poder para transigir sobre bens e direitos de titularidade da Administração Pública, motivo pelo qual o Estado não pode resolver os seus conflitos por meio de mecanismos alternativos de solução de controvérsias, como a arbitragem. - Essa afirmação é verdadeira, pois o interesse público não pode ser disponibilizado pelo gestor, e a arbitragem não é um meio usual para a resolução de conflitos envolvendo a Administração Pública. d) O interesse público, segundo parcela da doutrina, é indissociável do interesse privado, uma vez que ambos têm por base a Constituição Federal e há... - A alternativa parece estar incompleta, mas a ideia de que o interesse público e privado são indissociáveis é uma visão que não é amplamente aceita na doutrina. Após essa análise, a alternativa correta é: c) O princípio da indisponibilidade do interesse público está relacionado ao fato de o gestor público não deter o poder para transigir sobre bens e direitos de titularidade da Administração Pública, motivo pelo qual o Estado não pode resolver os seus conflitos por meio de mecanismos alternativos de solução de controvérsias, como a arbitragem.