As comunidades tradicionais no Brasil, como indígenas, quilombolas, ribeirinhos, caiçaras, extrativistas e povos de terreiro, mantêm modos de vida ancorados em práticas culturais, saberes ancestrais e uma relação simbólica e produtiva com a natureza. Suas territorialidades não se definem apenas por critérios legais ou econômicos, mas sim por vínculos históricos, sociais, espirituais e ecológicos com os territórios que ocupam. Esses grupos desenvolvem sistemas próprios de manejo dos recursos naturais, baseados na sustentabilidade e no conhecimento tradicional. No entanto, enfrentam pressões intensas devido à expansão de atividades econômicas, como mineração, agronegócio e empreendimentos hidrelétricos, que frequentemente ameaçam sua permanência nos territórios. Reconhecer e respeitar essas territorialidades é fundamental para garantir os direitos humanos, culturais e ambientais dessas populações. A Constituição Federal de 1988 e tratados internacionais reforçam a obrigação do Estado brasileiro em proteger os territórios tradicionais e assegurar sua autonomia, participação e permanência. Considerando os vínculos territoriais e os modos de vida das comunidades tradicionais, assinale a alternativa correta: Alternativas: • a) As comunidades tradicionais definem seus territórios exclusivamente por meio da posse legal da terra e do registro fundiário. • b) As territorialidades tradicionais são determinadas apenas por critérios ambientais e não possuem vínculo com aspectos históricos ou culturais. • c) As comunidades tradicionais mantêm relação simbólica, cultural e produtiva com os territórios, construindo formas próprias de uso e gestão do espaço. • d) Os modos de vida das comunidades tradicionais baseiam-se somente em práticas religiosas e não influenciam a ocupação e o uso do território. • e) A atuação do Estado sobre os territórios tradicionais ocorre de forma neutra, sem necessidade de considerar os direitos coletivos dos povos que ali vivem.