A neurociência tem transformado profundamente a compreensão do comportamento humano, evoluindo de uma perspectiva que localizava funções cerebrais de forma isolada para uma visão integrada e sistêmica. Inicialmente, descobertas históricas, como as de Broca e Wernicke, demonstraram a especialização de certas áreas do córtex para funções específicas, como a linguagem. Contudo, os avanços contemporâneos, impulsionados por técnicas de neuroimagem e estudos moleculares, revelaram que o comportamento complexo, as emoções e a tomada de decisão não são produtos de regiões cerebrais únicas, mas sim de redes neurais dinâmicas e interconectadas. Essa perspectiva moderna enfatiza a plasticidade cerebral, a modulação por neurotransmissores e hormônios, e a constante interação entre fatores genéticos, ambientais e experiências individuais. Por exemplo, a regulação emocional envolve o córtex pré-frontal, a amígdala e o hipocampo, trabalhando em conjunto para processar e responder a estímulos. Da mesma forma, o aprendizado e a memória são processos distribuídos que dependem da modificação sináptica em múltiplas regiões. A neurociência contemporânea, portanto, busca desvendar como a