Panebianco propõe que o poder organizativo dentro dos partidos não é absoluto nem unilateral. Ele é relacional e assimétrico, caracterizado por uma troca desigual entre líderes e seguidores. Isso significa que o poder não está concentrado de forma homogênea, mas distribuído de maneira estratégica entre diferentes atores da organização, dependendo das relações que se estabelecem entre eles. Os dirigentes partidários exercem influência, mas essa influência é condicionada por fatores como a legitimidade interna, o apoio das bases, os recursos disponíveis e a capacidade de articulação com outros grupos. A assimetria se manifesta, por exemplo, na diferença de acesso à informação, na capacidade de mobilização e na autoridade para tomar decisões. Além disso, o poder organizativo é dinâmico: ele pode se alterar conforme o contexto político, as mudanças institucionais ou as disputas internas. Essa abordagem relacional permite compreender os partidos como arenas de negociação e conflito, onde o poder é constantemente disputado e reconfigurado. Assim, a liderança partidária não é apenas uma questão de comando formal, mas de construção de autoridade dentro de uma rede complexa de relações organizacionais.. (Elaborado pelo autor da questão) Com base nos conteúdos da disciplina de Partidos Políticos e Sistemas Partidários, identifique qual alternativa expressa corretamente o conceito de poder organizativo como troca desigual. A O poder organizativo é exercido pelos líderes, sem qualquer influência dos seguidores. B O poder organizativo é uma relação de troca entre líderes e seguidores, onde os líderes oferecem incentivos em troca de participação útil. C O poder organizativo é uma relação horizontal entre todos os membros do partido, sem hierarquia. D O poder organizativo é determinado exclusivamente pela ideologia partidária. B (?) (?) (?) (?) (?)