O Código Civil de 2020, em seu art. 98, define os bens públicos como pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, excluindo aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito privado, mesmo que estejam afetos à prestação de serviços públicos. No entanto, tal definição gera questionamentos, especialmente no que diz respeito às empresas públicas e às sociedades de economia mista. Um exemplo prático disso é observado em casos como o da COHAB-SP, em que imóveis destinados à moradia popular são considerados bens públicos, não passíveis de usucapião. 

Diante disso, uma crítica válida à definição apresentada pelo art. 98 do Código Civil é: 

A

A definição é adequada, pois as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as entidades sem fins lucrativos não podem ser consideradas detentoras de bens públicos. 

B

A definição é completa e abrangente, não havendo necessidade de interpretação extensiva para incluir empresas públicas e sociedades de economia mista como detentoras de bens públicos. 

C

A definição é irrelevante, pois empresas públicas e sociedades de economia mista são entidades de direito privado e, portanto, não podem ser consideradas detentoras de bens públicos. 

D

A definição é restritiva e não abarca adequadamente casos em que empresas públicas e sociedades de economia mista exercem atividades de relevante interesse coletivo, como a prestação de serviços públicos. 

E

A definição é clara e não permite interpretações diversas, garantindo segurança jurídica na delimitação, na gestão e na proteção dos bens públicos essenciais para o interesse coletivo.