São testes in vitro que medem o potencial de irritação e corrosão da pele e dos olhos, a absorção cutânea e outras interações. Os laboratórios do Brasil têm até 2019 para adotar os 17 métodos validados que substituem ou reduzem o uso de animais em testes toxicológicos.
Outra significativa face de progresso de métodos a testes em animais é a simulação em computador, denominada de teste in silico. Nos testes computacionais, o que se faz é acessar bases de dados de drogas já testadas e buscar semelhanças com as drogas novas, efeitos semelhantes de toxicidade e absorção farmacocinética ou até mesmo eficácia para determinadas indicações. Trata-se de predições teóricas feitas por comparações da molécula nova com outras já testadas
Um forte candidato para a substituição do teste de irritação ocular e de mucosas é HETCAM - Hens Egg Test-Chorion Allantoic Membrane (membrana cório-alantóide de embrião de galinha) que se baseia na alteração dos vasos da membrana cório-alantóide, por meio da observação do tempo do surgimento de congestão, hemorragia e coagulação.
Mais uma novidade nos testes alternativos de cosméticos é a organs on a chip, uma tecnologia que finge um órgão humano em um chip, ou seja, ele consente detectar prováveis reações alérgicas motivadas por produtos cosméticos a partir da pele. A tecnologia usada para a evolução do chip é da empresa alemã TissUse e o progresso no Brasil será feito em parceria com o LNBio (Laboratório Nacional de Biociências), laboratório junto ao CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) e com apoio do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) e da Rede Nacional de Métodos Alternativos ao Uso de Animais (RENAMA).29 O Grupo Boticário está investindo R$1,5 milhão nessa nova tecnologia para verificar de forma mais acelerada e competente o risco dos cosméticos causarem alergia ou irritações na pele.
A ANVISA aceitará para registro os métodos alternativos reconhecidos no país pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA). No momento atual, há 17 métodos adotados pelo órgão. As empresas terão até setembro de 2019 para eliminar absolutamente os testes com animais nas categorias já reconhecidas pelo CONCEA.
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