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Partilha de bens em união estável

Fátima, companheira de Paulo desde 2012, recebeu, a título de herança, um imóvel em 2013. Em 2014, Fátima foi contemplada com a doação de um carro, realizada por seu irmão. Em 2015, Fátima foi despedida, sem justa causa, recebendo todas as verbas indenizatórias devidas pelas demissão injustificada. Paulo, por sua vez, já possuia um imóvel residencial quando da constituição da união em comento. Paulo, em 2013, se aposentou por invalidez, passando a receber R$4.000,00 mensais pelo INSS. Em 2015, Paulo comprou uma moto. Em 2016, o casal dissolveu a união estável. Como se dará a partilha de bens? É possível a Fátima receber alimentos de Paulo? Como se daria a partilha de bens se o casal tivesse celebrado contrato de convivência instituindo o regime da comunhão universal?

💡 3 Respostas

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Sabrina Bitencourt Ribeiro

Há de se saber que Fátima poderá receber alimentos de Paulo para sua sobrevivência até que retorne ao mercado de trabalho. (Art. 1.694 do Código Civil)

O único bem que se comunica é a moto que Paulo comprou na constancia da união estável, visto o que diz o Art. 1.725 do Código Civil: "Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens".

Comunhão Parcial de Bens

Art. 1658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.

Art. 1661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.

Art. 1662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na constância do casamento os bens móveis, quando não se provar que o foram em data anterior.

Taxatividade das Exclusões – quais os bens taxativamente privativos (art. 1.659 do CC:

Art. 1659. Excluem-se da comunhão:

I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;

III - as obrigações anteriores ao casamento;

VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;

Art. 1660. Entram na comunhão:

I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;

No caso de haver contrato de convivência, todos os bens se comunicam, conforme disposto no Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.

No caso acima, não há exceções, então todos os bens de Fátima e Paulo serão divididos.

 

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