Super apoio! Todos nós somos dotados de liberdade :) Essa questão já é bem tratada pela mutação constitucional, ainda bem.
Recentemente, os interpretes do Direito vêm aceitando e protegendo cada vez mais as diferentes formas de amor, passando a disciplinar, por exemplo casos de casais homoafetivos, admitindo a união e até mesmo o matrimonio em pessoas do mesmo sexo, como estabelece a Resolução n. 175, de 14 de maio de 2013, aprovada durante a 169ª Sessão Plenária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O próprio STF reconheceu, em julgamento em 2011, a existência de uma "quarta família brasileira". A Constituição prevê três enquadramentos de família. A decorrente do casamento, a família formada com a união estável, a entidade familiar monoparental (quando acontece de apenas um dos cônjuges ficar com os filhos). O STF reconheceu a decorrente da união homoafetiva.
A cada dia que passa, surgem diferentes tipos de uniões afetivas simultâneas e/ou paralelas, as quais o sujeito direciona seu afeto para um, dois, ou mais outros sujeitos. Quanto ao poliamor, enquanto união jurídica entre mais de dois sujeitos, a questão é polêmica.
É fato que a jurisprudência não acolhe a existência de uma segunda união de uma pessoa casada, ou que vive em união estável.
Nos casos de concubinato adulterino, a concubina só terá direitos nessa sociedade de fato se ela contribuiu direta ou indiretamente para a construção do patrimônio, uma vez que é considerado fato ilícito, tornando-se inviável qualquer tipo de amparo legal.
Notamos que, em um ambito geral, via de regra, não há o reconhecimento de uniões compostas por mais de duas pessoas, tendo em vista que nosso sistema jurídico é regido pelo princípio da monogamia.
Entretanto, já existem decisões em Direito de Família que julgam de forma diversa, alegando que a rigidez dogmática ocasionaria num “julgador cego à riqueza com que a vida real se apresenta”.
(TJRS, 4º Grupo Cível, Embargos Infringentes n.º 70013876867, rel. Des. Luiz Ari Azambuja Ramos, j. 10.3.2006)
Acreditamos que o ordenamento jurídico e seus interpretes tendem a evoluir no sentido de aceitar toda forma de amor, inclusive as compostas por mais de dois sujeitos, ainda que tais mudanças levem tempo. Em passado não muito distante, cogitar a possibilidade jurídica de união homoafetiva era algo impossível, e hoje há a possibilidade. Da mesma forma entendemos a possibilidade de união entre mais de duas pessoas.
Da mesma forma que o STF reconhecera a união homoafetiva no conceito de família, o mesmo pode ocorrer com o poliamor.
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Introdução ao Estudo de Teoria do Direito1
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