eu procuro, mas pelo o que eu entendi, são a mesma coisa.
Bom dia, vou tentar responder informalmente sua pergunta para melhor entendimento.
O Princípio da Concentração diz, basicamente, que o réu deve concentrar na peça de contestação toda a matéria que seja útil à sua defesa, sejam matérias de direito processual ou de direito material. Isto é fácil de compreender. Entretanto, pode surgir a seguinte dúvida: se o réu vai mesmo fazer isso, alegar tudo que lhe possa ser útil, há a possibilidade de que ele faça alegações exlcudentes em relação a outras, ou aparentemente contraditórias. Exemplifico: primeiramente o réu alega que o juízo é incompetente para aquela ação, depois começa a se defender no mérito perante aquele juízo que ele diz ser incompetente (perceba que se o juízo é incompetente, não poderia julgar o mérito da causa - havendo aparente contradição na alegação do réu).
Neste momento, surge o Princípio da Eventualidade, dizendo que "na eventualidade de o juiz não julgar procedente uma matéria alegada, passará ao julgamento da outra, e ao da seguinte (e assim por diante)". Neste sentido, aplicando-se o Princípio da Eventualidade ao exemplo mencionado, o juiz analisará sobre a incompetência primeiramente, e, na eventualidade de não acolhê-la, passará à análise da outra tese defensiva, que seria, in casu, o mérito.
Note que um Princípio complementa o outro. Em resumo, o Princípio da Concentração informa que se deve alegar tudo na contestação, mesmo que possa fazer surgir contradições. Em seguida, o Princípio da Eventualidade vem para tranquilizar o réu quanto a fazer alegações que excluam ou contradigam outras, dizendo-lhe: "querido réu, pode alegar tudo, sem medo, mesmo que pareça que você está se contradizendo, pois pode ser mesmo que o juiz não acolha a alegação de incompetência ou a de ilegitimidade passiva, etc. então ele deverá acolher as outras matérias".
Obrigado pelo questionamento, espero ter te ajudado. Abraços!
O princípio da concentração e da eventualidade são sinônimos e se referem à contestação, que é espécie do gênero respostas do réu.
Tal princípio determina que o réu deve alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, sob pena de preclusão, sendo certo que a doutrina reconhece, inclusive, a possibilidade de serem trazidas, em mesma peça defensiva, teses contraditórias:
"Art. 336, do CPC. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir."
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