Diante de um acórdão do TRF4, o advogado de uma das partes percebe que o referido julgado acabou ofendendo garantia processual constitucional. Assim, maneja, antes de qualquer coisa, recurso de embargos declaratórios com o fim de prequestionar a matéria. Qual a sua percepção acerca de referidos embargos e qual será o recurso, com respectivos requisitos, após o julgamento desses embargos declaratórios?
Mesmo no processo do trabalho, os embargos tem o condão de interromper o prazo para interposição de qualquer outro recurso. Assim, do julgamento dos embargos, caso seja pelo indeferimento, só analisar o andamento dos autos. Se houve o manejo de algum recurso para o TST antes da oposição dos embargos, provavelmente o próximo recurso será o agravo. Porém, se do momento em que publicado o acórdão já ocorreu da parte opor os embargos, após seu indeferimento abre prazo para os demais recursos, como o Recurso de Revista, por exemplo.
Os embargos declaratórios são adequados, pois servem para fins de pré-questionamento (art. 1.025, do CPC):
"Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade."
O requisito do pré-questionamento é fundamental, pois se afrontou garantia processual trazida pela CRFB/88, razão pela qual deverá ser interposto Recurso Extraordinário, que além do mencionado pressuposto, deverá demonstrar a repercussão geral e se limitar a discutir matérias de direito e não de fato. Vejamos:
"Art. 102, da CRFB:
[...]
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;"
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