Não há óbice para a aplicação do Art. 8º, do CP, aos casos de extraterritorialidade incondicionada. Vejamos o exemplo dos autores André Estefam e Victor Rios Gonçalves (Direito Penal Esquematizado, Parte Geral, 2016): "[...] quando se relacionar com hipóteses de extraterritorialidade incondicionada, será indiferente para efeito de aplicação da lei brasileira se o autor foi absolvido ou cumpriu pena no exterior, mas a sanção aí executada atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. Assim, por exemplo, se um brasileiro praticar genocídio em algum país africano, onde for condenado à pena de onze anos de prisão, integralmente executada, e em território brasileiro for condenado a vinte anos de reclusão pelo mesmo fato, o tempo cumprido no estrangeiro será descontado na sanção imposta pela nossa Justiça (detração), restando -lhe somente nove anos de privação de liberdade".
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