Com a reforma de 84, nosso CP passou a prever dois tipos de crimes continuados, com diferença na apenação:
1) Crime continuado comum (previsto no caput deste art. 71).
2) Crime continuado específico (indicado no parágrafo único do mesmo artigo).
Crime continuado (também chamado continuidade delitiva) quando o agente comete dois ou mais crimes da mesma espécie, mediante mais de uma conduta, estando os delitos, porém, unidos pela semelhança de determinadas circunstâncias (condições de tempo, lugar, modo de execução ou outras que permitem deduzir a continuidade).
Crime continuado específico (parágrafo único): Seu aumento é reservado aos delinquentes da criminalidade profissional violenta e perigosa (TACrSP, julgados 89/33). Se cometeu delitos patrimoniais com grave ameaça às vítimas, ofendeu bens e interesses jurídicos eminentemente pessoais, incidindo no parágrafo único do art. 71 do CP (STF, RTJ 144/823). Igualmente se os crimes foram praticados com violência (TJGO, RGJ 9/106).
Pena: No crime continuado comum (caput do art. 71), se idênticos os crimes, aplica-se uma só pena e, se diferente os delitos, a pena do mais grave, porém, em ambos os casos, aumentada de um sexto até dois terços. Quanto ao crime continuado específico, vide parágrafo único.
Limite da pena: Como indicam as remissões no final do parágrafo único, embora o aumento possa chegar até mesmo ao triplo da pena, esta não pode ser maior do que seria se as penas fossem cumuladas (CP. 70, parágrafo único) nem superior a trinta anos (CP, art. 75).
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