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Crime Continuado, Concursos de Crimes (Revisão) Penal

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Revisão Penal N2 
• CONCURSO DE CRIMES 
Concurso de crimes quer dizer que o agente ou um grupo de agentes cometeu dois ou 
mais crimes mediante a prática de uma ou várias ações. Portanto, dentro de uma 
mesma dinâmica há a pratica vários crimes. 
Vamos lá: 
 
OU 
 
 
• ESPÉCIES DE CONCURSO DE CRIMES: 
 
 
 
 
 
CONCURSO MATERIAL 
 
Ocorre quando o agente mediante mais de uma conduta (ação ou omissão) prática dois 
ou mais crimes idênticos ou não. 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: Agente A, armado com um revólver, mata B e depois rouba C. Neste exemplo, 
há duas condutas e dois crimes diferentes (homicídio e roubo), a este resultado com 
COMETE 
Dois ou 
mais crimes 
COMETE 
Dois ou 
mais crimes 
CONCURSO MATERIAL 
ART. 69 CP 
CONCURSO FORMAL 
ART. 70 CP 
CRIME CONTINUADO 
ART. 71 CP 
Mais de uma Conduta 
(ação ou omissão) 
Dois ou mais crimes COMETE 
crimes diferentes atribui-se o termo Concurso Material Heterogêneo, já para crimes 
idênticos, o termo é Concurso Material Homogêneo. 
 
Espécies de Concurso Material: 
1. Concurso Material Homogêneo: Quando os crimes praticados pelo agente são 
da mesma natureza. Exemplo: Agente que mata sua esposa e em seguida sua cunhada 
que presenciou a morte da irmã. 
 
2. Concurso Material Heterogêneo: Quando os crimes praticados pelo agente são 
de naturezas distintas. Exemplo: O agente furta a vítima e em seguida a estupra. 
 
Aplicação da Pena: 
 
Aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Junior 
 
 
 
 Tenta matar A B C 
 
• OBS: Não esqueça dar ler o artigo por completo. 
 
 
 
 
 
 
 
Somam-se as penas 
(Sistema da acumulação material) 
 
Porém, o juiz antes de realizar a soma 
deve individualizar cada pena e só após 
somar. 
Ex: Três tentativas de Homicídio 
em Concurso Material. O Juiz 
deverá aplicar a pena de cada 
uma e após somar estas 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, 
idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja 
incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se 
primeiro aquela. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
• § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de 
liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de 
que trata o art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
• § 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá 
simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 CONCURSO FORMAL 
Ocorre quando o agente mediante uma conduta (ação ou omissão) pratica dois ou mais 
crimes idênticos ou não. 
 
 
 
 
 
 
 Classificam-se em: 
a) Concurso formal homogêneo: dois ou mais crimes idênticos. 
Exemplo: Avançar o sinal vermelho e matar duas pessoas. Dois 
Homicídios Culposos. 
 
b) Concurso formal heterogêneo: dois ou mais crimes diversos. 
Exemplo: Avançar o sinal vermelho e matar uma pessoa e ferir 
outra. Homicídio e Lesão Corporal. 
 
c) Concurso formal perfeito ou próprio: o agente mediante 
uma ação ou omissão pratica, dois ou mais crimes, sejam eles 
(idênticos ou não), porém essa ação ou omissão não pode ser 
dolosa (ele não pode ter a intenção). 
 
(SE REFERE À PRIMEIRA PARTE DO CAPUT DO ART. 70 CP) 
 
Pode ocorrer nas seguintes hipóteses: 
• Crimes Culposos- em nenhum momento o agente queria aquele 
resultado, e nem assumiu o risco para tanto. (culpa) 
• Crimes dolosos e crimes culposos- o agente queria e assumiu o 
risco da prática de uma única conduta delituosa, mas acabou por 
praticar outro ou outros crimes por culpa. 
Uma única conduta 
(ação ou omissão) 
Dois ou mais crimes COMETE 
Exemplo: Fulano atropela três pessoas e elas morrem. 
Neste exemplo, nós temos três resultados idênticos 
diante de uma única conduta. 
Exemplo: Agente A atira em B para matá-lo, a bala atravessa e atinge C. 
Dolo + Culpa. 
• Crimes dolosos sem desígnios autônomos: o agente tinha a 
pretensão de praticar uma única conduta delituosa, mas acabou 
praticando mais de uma conduta no mesmo contexto fático, com vítimas 
diversas. 
Exemplo: o agente possui a intenção de praticar um único roubo, ao 
adentrar em uma residência haviam mais pessoas do que ele esperava 
e acaba subtraindo de todas elas. 
 
Confuso certo? Parece Crime Continuado? 
 Pense comigo, “mesmo contexto fático”, dentro do mesmo lugar, no 
exemplo, uma única casa, contra um número diferente de vítimas, sendo 
que a intenção era apenas uma. 
Pronto, agora sim, este é um entendimento: 
 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DA PENA NESTES CASOS: 
 Desde o principio avisei que estávamos falando da primeira parte do 
caput do art. 70 do CP, certo? ( parte em itálico e na cor vermelha). 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, prática dois ou mais 
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se 
iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até 
metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e 
os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo 
anterior. 
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste 
Código. 
 
STJ - HABEAS CORPUS HC 148447 MG 2009/0186385-6 (STJ) 
Data de publicação: 26/04/2010 
Ementa: ROUBO CONTRA VÁRIAS VÍTIMAS E PATRIMÔNIOS DIVERSOS. AÇÃO ÚNICA. 
CONCURSO FORMAL. I - Crime de roubo, praticado no mesmo contexto fático, contra vítimas 
diferentes, constitui concurso ideal (Precedentes do Pretório Excelso e do STJ). II - Na hipótese, 
tendo sido o roubo praticado contra vítimas diferentes, impossível o reconhecimento de que se 
trataria de crime único. 
 
Portanto quanto a aplicação da pena: (exasperação) 
CRIMES IGUAIS PEGA UMAS DAS 
PENAS 
ACRESCENTA DE 1/6 
ATÉ A METADE(1/2) 
CRIMES DIFERENTES PEGA A PENA MAIS 
BRANDA 
ACRESCENTA DE 1/6 
ATÉ A METADE(1/2) 
 
· Para aumentar mais ou menos, o juiz leva em consideração a 
quantidade de crimes. 
EXCEÇÃO: 
Concurso Material Benéfico 
 Se refere ao paragrafo único do art. 70 onde O montante da pena 
para o concurso formal não pode ser maior do que a que seria aplicada se 
houvesse feito o concurso material de crimes (ou seja, se fossem somados 
todos os crimes). 
Exemplo: João atropela semintenção Maria e Pedro, maria morre e Pedro fica 
lesionado. A pena mínima para o homicídio simples de Maria é 6 anos. A pena 
mínima para a lesão corporal culposa de Pedro é 2 meses. 
Se fôssemos aplicar a pena mínima do homicídio aumentada de 1/6, 
totalizaria 7 anos. 
Agora... 
Se fôssemos somar as penas do homicídio com a lesão corporal, 
daria 6 anos e 2 meses. 
Logo, nesse caso, é mais benéfico para o réu aplicar a regra do 
concurso material (que é a soma das penas). 
 
d) Concurso Formal Imperfeito ou Impróprio: o agente possuía o 
intuito de praticar os crimes de forma autônoma (dolo). (segunda 
parte do caput do art. 70 CP). 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, prática dois ou mais crimes, 
idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma 
delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, 
entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes 
concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo 
anterior. 
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste 
Código. 
Exemplo: Agente A que atira em C e D, seus desafetos. Dolo + Dolo. 
Nessa hipótese, a pena sempre será somada, ou seja, cumulada. 
Concurso formal e pena de multa: Art. 72. No concurso de crimes, as penas de 
multa são aplicadas distinta e integralmente. 
CRIME CONTINUADO 
Praticado: (art. 71 CP) 
➢ Mediante mais de uma ação ou omissão 
➢ Dois ou mais crimes 
➢ Crimes da mesma espécie 
➢ Condições de tempo, lugar, maneira de execução(semelhantes) 
➢ Os outros crimes são continuação do primeiro. 
Exemplo: Indivíduo que é preso após cometer vários furtos, o qual agia sempre da 
mesma forma. A pena do furto é de 1 a 4 anos, na hipótese da prática de 50 furtos e 
aplicação da pena máxima em cada um, não seria interessante para o Estado o 
cumprimento de 4x50=200 anos de pena aplicada ao condenado, o que feriria 
também o princípio da ressocialização do apenado. 
 
ESPÉCIES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Crime Continuado Caput: 
este é subsidiário ao paragrafo 
único do art. 71 
Podem ocorrer nas seguintes 
hipóteses: 
b) Crime Continuado Específico: 
(art. 71, parágrafo único: crimes 
dolosos ( com intenção) contra 
vitimas diferentes, com violência 
ou grave ameaça a esta. 
I. Crimes dolosos cometidos sem 
violência ou grave ameaça, 
conta mesma vítima, ou vítimas 
diferentes. 
Ex: Vários furtos contra a 
mesma pessoa, ou vários furtos 
contra vítimas diferentes. 
II. Crimes dolosos, cometidos com 
violência ou grave ameaça contra 
mesma vítima. 
Ex: Estupro cometido contra a 
mesma vítima sempre. 
Ex: O agente invade uma residência 
e pratica estupro contra vítimas 
diferentes. 
Aplicação das Penas: 
a 
 
 
 
 
 aumentada 
 
 aumentada 
 
 
 
 
 
 
 
ERRO NA EXECUÇÃO 
➢ Aberratio Ictus art. 73 do CP. 
➢ Agente atinge pessoa diversa da que pretendia; 
➢ Agente atinge quem pretendia, mais pessoa diversa. 
 
Espécies: 
Resultado Único Resultado Diverso 
Art. 73 caput 1º parte: 
O agente atinge pessoa diversa da que 
pretendia atingir. 
Art. 73 caput 2º parte: 
O agente além de atingir a pessoa que 
pretendia, atinge pessoa diversa de 
forma “culposa”. 
 
Responderá como se tivesse atingido a 
pessoa que pretendia. Observando o 
art. 20, § 3 º CP- O erro quanto à 
pessoa contra a qual o crime é 
praticado não isenta de pena. Não se 
consideram, neste caso, as condições 
ou qualidades da vítima, senão as da 
pessoa contra quem o agente queria 
praticar o crime. 
Aplica-se a regra do Concurso 
Formal- o agente 
mediante uma só ação ou omissão, 
prática dois ou mais crimes, idênticos 
ou não, aplica-se-lhe a mais grave das 
penas cabíveis ou, se iguais, somente 
uma delas, mas aumentada, em 
qualquer caso, de um sexto até 
metade. 
Ex: A pretendia matar seu pai B, por 
falha na pontaria atinge somente C. 
 
Ex: A pretende atingir B, ao efetuar o 
disparo, atinge B E também C que 
estava atrás. 
a) Crimes Continuado Caput ( art. 
71 caput)- aplica-se a pena de um 
só dos crimes se iguais, ou a mais 
grave se diferentes 
b) Crimes Continuado Específico ( art. 71, 
parágrafo único)- O juiz, considerando a 
culpabilidade, os antecedentes, a 
conduta social e a personalidade do 
agente, bem como os motivos e as 
circunstâncias, aplica a pena de um só 
dos crimes, se idênticas, ou a mais 
grave, se diversas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aumentada de 1/6 à 2/3 
2 crimes : 1/6 
3 crimes: 1/5 
4 crimes: 1/4 
5 crimes: 1/3 
6 crimes: 1/2 
7 ou mais crimes: 2/3 
 
 
 
 
 
Aumentada até o triplo. 
1/6 min 
3x max 
Responderá por homicídio doloso 
consumado como se tivesse matado 
seu pai ( o qual incide agravantes 
contra ascendentes). 
Responderá por homicídio doloso 
consumado com aumento de 1/6 a 
metade, dependendo do número de 
vítimas que atingiu culposamente. 
 
 
 
 
RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO 
➢ É também chamado de "aberratio delict", o "aberratio criminis". 
➢ 0 sujeito quer praticar determinado crime, mas por erro acaba praticando crime 
diverso. Resultado diverso do pretendido é igual a crime diverso do pretendido. 
ESPÉCIES 
a) Resultado diverso do pretendido com unidade simples ou 
resultado único: 
Exemplo. A com a intenção de acertar uma vidraça, quebrar uma janela (crime 
de dano), acaba provocando lesões corporais em B que passava bem no momento. O 
sujeito A responderá pelo crime de Lesão Corporal na modalidade culposa e não 
responderá pelo crime de dano. 
b) Resultado diverso do pretendido com unidade complexa 
ou esultado duplo 
O sujeito pratica um crime desejado e também um crime diverso e ele 
responde pelos dois crimes. O segundo crime tem que ser culposo. 
 DIFERENÇA 
ERRO NA EXECUÇÃO ART. 73 CP RESULTADO DIVERSO DO 
PRETENDIDO ART. 74 CP 
Pessoa X Pessoa crime X crime 
Quer atingir determinada 
pessoa, mas por má pontaria, 
erro, atinge pessoa diversa, ou 
atinge tanto quem queria, 
assim como acerta 
culposamente em pessoa 
diversa. 
0 sujeito quer praticar 
determinado crime, mas por 
erro acaba praticando crime 
diverso. Resultado diverso do 
pretendido e igual a crime 
diverso do pretendido. 
 
 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA – SURSIS 
É a suspensão da execução da pena privativa de liberdade imposta sob 
determinadas condições. Visa reeducar criminosos, impedindo que os 
condenados a penas reduzidas sejam privados de sua liberdade. 
 
Para que seja concedido este benefício, a pena privativa de liberdade 
prolatada, não pode ser superior a 2 (dois) anos. 
 
Requisitos: 
• sentença condenatória a pena privativa de liberdade não superior a 
02 (dois) anos; 
• não reincidência em crime doloso e circunstâncias judiciais 
favoráveis. 
• impossibilidade da substituição da pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos; 
Vamos com calma, hora de destrinchar o art. 77 do CPArt. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 
(quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as 
circunstâncias autorizem a concessão do benefício; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
§ 2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, 
desde que o condenado seja maior de 70 (setenta) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2o A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, 
desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. (Redação dada 
pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 
Este é o tempo no 
qual a pessoa ficará 
prestando 
satisfação a justiça. 
Esta é uma exceção, onde a pena 
pode ser superior aos 2 anos da 
regra geral, mas não superior a 4 
anos. Pessoa com mais de 70 anos, 
ou que sofra com algum enfermo, 
condenada com pena até 4 anos 
possuí direito a esse benefício. 
Este é o tempo no 
qual a pessoa ficará 
prestando 
satisfação a justiça. 
REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA DO SURSIS E PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE 
PROVA (ARTS. 81 E 82 CP) 
 
 
Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano; 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Revogação facultativa 
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é 
irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de 
direitos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Prorrogação do período de prova 
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se prorrogado o prazo da 
suspensão até o julgamento definitivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de prova até o máximo, 
se este não foi o fixado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
 
Art. 82 - Expirado o prazo sem que tenha havido revogação, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
 
 LIVRAMENTO CONDICIONAL (ART. 83 CP) 
➢ É uma antecipação provisória da liberdade do acusado. 
➢ O condenado deve cumprir alguns requisitos legais, para receber este beneficio. 
• O livramento condicional será concedido quando o sentenciado, condenado a pena privativa de liberdade 
igual ou superior a 2 anos, cumprir: 
Requisitos Objetivos: 
• Aplicação da pena privativa de liberdade igual ou superior à 2 anos. 
• Condenado não reincidente em crime doloso e ter bons antecedentes. 
• Cumprimento de mais da metade ½, se for reincidente ou portador de maus antecedentes 
• Cumprimento de mais de 2/3 da pena se condenado por crime hediondo ou equiparado. 
 
Caso o réu venha sendo acusado em outro 
processo, e seja sentenciado por um crime dolosos. 
Art 78, § 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado 
prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à 
limitação de fim de semana (art. 48). 
Ou seja, dever 
cumprido com a lei. 
Requisitos Subjetivos: 
• Bom comportamento durante o tempo que passou preso 
• Bom desempenho no trabalho atribuído ( dentro da casa penitenciária) 
• Aptidão para se manter mediante trabalho honesto após sair. 
Condições a serem cumpridas após o deferimento do pedido: 
 
 
 
 
 
 
 
REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO 
Os efeitos principais da pena são a própria consequência jurídico-penal imediata da 
sentença condenatória; é a aplicação da pena (privativa de liberdade, restritiva de direito, 
multa ou medida de segurança). 
Vamos entender melhor: 
 
 
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento. 
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes: 
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho; 
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação; 
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste. 
§ 2º Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes: 
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e 
de proteção; 
b) recolher-se à habitação em hora fixada; 
c) não frequentar determinados lugares. 
 
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa 
de liberdade, em sentença irrecorrível: 
I - por crime cometido durante a vigência do benefício; 
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código. 
Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de 
cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente 
condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade. 
Art. 88 - Revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo 
quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, 
não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado. 
Art. 89 - O juiz não poderá declarar extinta a pena, enquanto não passar em julgado a 
sentença em processo a que responde o liberado, por crime cometido na vigência do 
livramento. 
Art. 90 - Se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a 
pena privativa de liberdade. 
Art. 91 - São efeitos da condenação: 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; 
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, 
uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; 
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo 
agente com a prática do fato criminoso. 
 
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na 
sentença. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REABILITAÇÃO 
 
Art. 92 - São também efeitos da condenação: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com 
a AdministraçãoPública quando a pena aplicada for superior a quatro anos; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder 
ou violação de dever para com a Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996) 
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 
9.268, de 1º.4.1996) 
II - a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos 
contra filho, tutelado ou curatelado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II – a incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela ou da curatela nos crimes dolosos sujeitos à pena de reclusão 
cometidos contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra filho, filha ou outro descendente ou contra tutelado 
ou curatelado; (Redação dada pela Lei nº 13.715, de 2018) 
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser motivadamente declarados na sentença. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Pontos importantes 
em amarelo. 
 
Art. 93 - A reabilitação alcança quaisquer penas aplicadas em sentença definitiva, assegurando ao 
condenado o sigilo dos registros sobre o seu processo e condenação. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - A reabilitação poderá, também, atingir os efeitos da condenação, previstos no art. 92 
deste Código, vedada reintegração na situação anterior, nos casos dos incisos I e II do mesmo artigo. 
 
 
A reabilitação poderá ser requerida, 
decorridos 2 (dois) anos do dia em que 
for extinta, de qualquer modo, a pena ou 
terminar sua execução, computando-se 
o período de prova da suspensão e o do 
livramento condicional. 
 
 
Se não sobrevier revogação, desde que o condenado: 
I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de 
bom comportamento público e privado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta 
impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que 
comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer 
tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos 
comprobatórios dos requisitos necessários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ação Penal é o direito subjetivo público 
autônomo e abstrato de invocar a tutela 
jurisdicional do Estado para que este 
resolva conflitos provenientes da prática 
de condutas definidas em lei como crime. 
A Possibilidade jurídica do pedido, o 
interesse de agir, a legitimidade “ad 
causam” e a justa causa são as 
denominadas condições para o exercício 
da Ação Penal. O pedido será possível 
juridicamente se a conduta praticada for 
típica, formal ou materialmente. (art. 
100 do CP) 
 
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, 
quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do 
Ministro da Justiça. 
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido 
ou de quem tenha qualidade para representá-lo. 
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação 
pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal. 
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por 
decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa 
ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.

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