O problema é o segiunte: autor ganha o título executivo judicial em ação monitória por "revelia" do réu, que por algum motivo ficou inerte (sem fazer efeitos de revelia). Porém o autor por algum motivo não é credor da orbrigação, sendo indevido o título. Pode o réu entrar com ação ordinária após a extinção da monitória?? somente a sentença nessa ação pode anular o título executivo ou pode ser em decisão interlocutória??
Obrigado.
Verba volant, assente em vosso artigo 344, incorre o instituto da revelia, no casu, após configurado o réu como revel, presumir-se-ão verdadeiras as alegações contrárias a ele. Conquanto, o réu poderá mover uma nova ação pleiteando em juízo a anulação do título da excução judicial, pugnando indevida a obligatio. por conseguinte o agora autor, poder-se-á em decorrência de ter o seu nome conspurcado na sentença anterior, e daí configurado ato ilicito, como estriba o art.186, do CC/02, destarte serer-lhe-á devida indenização in integrum.
Desde já agredeço e espero ter contribuido um pouco com vosso aprendizado, até.
Não é possível ação ordinária, recursos ou qualquer outro meio. É o entendimento que vem sendo adotado pelos tribunais pátrios.
É que o trânsito em julgado da ação monitória fez surgir título executivo judicial, que deverá ser executado. Na execução, serão admitidas todas as formas de defesa disponíveis, com os recursos que couberem no caso, mas na fase de conhecimento não será possível a rediscussão, salvo quando preencher os requisitos da ação rescisória (art. 966, do CPC):
"Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar manifestamente norma jurídica;
VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória;
VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos."
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