Da forma como está hoje, é inconstitucional. Entretanto, acho que cabe uma releitura desse princípio sob a égide de se promover uma agilização dos processos que se arrastam por décadas no Judiciário, com os inúmeros recursos protelatórios. Outro aspecto é que hoje da forma como está a primeira e a segunda instâncias funcionam apenas como tribunais de passagem, visto que grande parte dos processos vão parar nos Supremos. A sensação de impunidade é muito grande e a população não aguenta mais essa sensação de impotência.
Em certos momentos, tenho por mim que a Suprema Corte fere dispositivos que deveria proteger, estando interferindo, principalmente, na independência dos Poderes.
A princípio, na minha concepção, seria inconstitucional, analisando de uma maneira estrita. Todavia, à vista de todos os acontecimentos que ocorreram/ocorrem em nosso país (abusos recursais combinados com sensação de impunidade, como por exemplo), acredito que para se chegar a aplicação da sanção, bem como a uma satisfação social (e não para guardar ou defender a CF) não teria outra saída, razão pela qual sou a favor da decisão.
Ilustro meu comentário com o caso que o Excelentíssimo Ministro Barroso usou para argumentar seu voto, no qual trata-se de um homicídio cometido em 1991 cuja condenação ainda não havia transitado em julgado neste ano, quando o processo chegou ao Supremo: "Punir em 2016 um crime cometido em 1991 não atende a nenhuma demanda de justiça da sociedade brasileira […] O sistema de Justiça brasileiro, como era, frustra na maior medida o sentimento de justiça e senso comum de qualquer pessoa que tenha esses valores em conta".
Ao meu posicionamento Pessoal, entendo que é insconstitucional, que fere sim o principio da presunção de inôcencia, e o pacto de são josé da costa rica.
Em alguns paises ocidentais, adotam o sistema do acusado caso condenado, ser preso após julgamento de 1° ou 2° grau de jurisdição. Já no Brasil, a nossa CF 88 reza na inocencia do acusado até transitado em julgado, seja em 1° ou ultima instância, mas o STF, Estrapolando mais um vez, entende que o acusado, caso condenado, já poderá ser preso a partir da condenação em juízo de 2° grau...
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