Bolhas de sabão são comparadas com a membrana celular, pois possuem características semelhantes. Ambas apresentam uma estrutura bicamada com fluidez, flexibilidade e capacidade de se auto repararem. Por isso são consideradas boas representações de membranas celulares.
Um dos principais componentes das membranas celulares são os fosfolipídios. Os fosfolipídios têm uma relação de amor e ódio com a água. Uma extremidade, a “cabeça”, é atraída pela água e a outra extremidade, a “cauda”, é repelida pela água.
Uma molécula de sabão tem a mesma personalidade dividida. A "cabeça" de uma molécula de sabão é carregada (iônica) e atrai a água, que exibe regiões positivas e negativas de carga (polar). A cauda de hidrocarboneto da molécula de sabão não é carregada e é repelida pela personalidade polar da água. Isso explica por que usamos sabão para limpar. A cauda de hidrocarboneto do sabão mistura-se e dissolve-se em outros hidrocarbonetos, como óleos e gorduras, enquanto a região da cabeça agarra as moléculas de água que passam e as segue pelo ralo.
A superfície de uma bolha tem três camadas. A camada do meio é uma película fina de água. Em ambos os lados deste filme há uma camada de moléculas de sabão com as cabeças hidrofílicas voltadas para a água e as caudas hidrofóbicas apontando para fora.
Nas bolhas de sabão, suas caudas ficam voltadas para fora, e não para dentro, como ocorre nas membranas, visto que, nas bolhas, uma fina camada de água está presente no interior da bicamada, fazendo com que as cabeças hidrofílicas fiquem em contato com a água e as caudas hidrofóbicas fiquem em contato com o ar.
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