No direito processual, não há defeito que não possa ser sanado. Pode ser sanado com a repetição do ato ou a sua simples correção, pela preclusão da oportunidade de apontá-lo ou pela eficácia da coisa julgada material
É o princípio que impõe o aproveitamento, sempre que possível, de atos processuais viciados ou defeituosos, pois o ato processual não é um fim em si mesmo, mas um meio para alcançar outra finalidade, qual seja: o direito material.
Em regra, a nulidade de um ato processual o invalida e torna sem efeitos, tendo efeitos ex tunc, com retroatividade desde a época de sua prática, o que implica em retorno de algumas situações processuais e eventuais práticas de novos atos.
Entretanto, o princípio da instrumentalidade das formas impõe que sejam aproveitados os atos, desde que não seja expressamente vedada a forma por lei e sendo possível aproveitar um ato que se apresenta de um jeito como outro (art. 188, do CPC).
O princípio se coaduna com o princípio da duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII, da CRFB), pois permite o andamento processual regular, sem necessidade de regressos para prática de atos que visem corrigir meras formalidades.
Exemplificando, se uma sentença é impugnada por agravo de instrumento, que por sua vez preenche todas as formalidades da apelação, peça adequada para recorrer de sentença, então o juiz deve receber o agravo interposto como apelação, surtindo todos os seus efeitos.
Se trata de uma questão de economia processual e celeridade que evita a prática repetida de atos aptos à produção de efeitos regulares
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Direito Processual Civil I
•UNIEVANGÉLICA
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