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PRAZOS DO PROCESSO CIVIL
a) quanto à origem: 
- legais => exemplo é o art. 335, que prevê o prazo de 15 para a resposta do réu. Importa esclarecer que se a lei não prever ou o juiz não fixar, o prazo para a prática do ato processual será de 5 dias, conforme o §3º do art. 218. 
- judiciais => é o prazo fixado ou determinado pelo juiz. Exemplos: art. 76 (sanar incapacidade processual ou irregularidade de representação); art. 815 (prazo para satisfazer obrigação de fazer).
 - convencionais => são aqueles estabelecidos em contrato. Ex:. art. 191 (calendário processual); art. 313, II (suspensão do processo por convenção entre as partes). 
 b) quanto à possibilidade de prorrogação: 
-peremptórios => são aqueles que não podem ser alterados pelo juiz, nem pelas partes. Normalmente, os prazos legais são peremptórios
 - dilatórios => estes podem sofrer alterações pela vontade das partes ou do juiz, atendidos os limites fixados na lei. Ex:. suspensão do processo por convenção das partes não pode ultrapassar 60 dias (art. 265, §3º); prazo para o autor oferecer a réplica ou impugnação à contestação (arts. 350 e 351), uma vez que o seu não oferecimento não lhe gera qualquer ônus. 
C)Suspensão nas “férias forenses” 
20/12 ao dia 06/01
o Judiciário não interromperá suas atividades no referido período, uma vez que o art. 93, XII, da CF, com a nova redação dada pela EC 45/05, acabou com as férias coletivas de juízes e tribunais. O que ocorre é uma mera suspensão dos prazos processuais, não havendo audiências ou sessões de julgamento, mas os juízes, membros do MP, da Defensoria Pública e Advocacia Pública exercerão suas atividades normalmente, paralisando apenas quando nos feriados ou nos dias de férias individuais. 
ATENÇÃO: Suspensão ≠ Interrupção de prazo: 
✓ havendo suspensão, o prazo deve ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação (ex.: semana da conciliação) – art. 221, NCPC ✓ em caso de interrupção, o prazo é restituído integralmente (ex.: oposição de embargos de declaração – art. 1026, NCPC). 
d) Prerrogativa de prazo dobrado
 - MP (art. 180); 
- Fazenda Pública da União, Estados, DF e Municípios, o que compreende suas respectivas autarquias e fundações públicas (art. 183); 
- Defensoria Pública e advogados de escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas (art. 186, caput e §3º);
 - Litisconsortes representados por diferentes advogados, pertencentes a escritórios de advocacia distintos (art. 229). 
A dobra não se aplica em autos eletrônicos (§2º), tampouco para oferecer embargos à execução (art. 915, §3º). Se houverem 2 réus e 1 deles oferece defesa, cessa também a contagem em dobro. 
 e) Contagem dos prazos 
Conforme art. 231 NCPC. Dias úteis. E a regra é que se desconta o dia do início (dies a quo) e computa-se o dia do término (dies ad quem), de acordo com o art. 224, NCPC. Havendo vários réus, o prazo para contestar só tem início após a última citação (§1º, art. 231). No caso de intimação, o prazo de cada uma é contado individualmente (§2º).
f) Comunicação dos atos processuais 
Os atos processuais podem ser realizados por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico. Em comarcas contíguas ou da mesma região metropolitana, o oficial de justiça pode realizar citações, intimações, penhora e outros atos executivos – art. 255 NCPC. 
 - Citação art. 238
Sendo pressuposto de validade, conclui-se, então, que, se houver defeito de citação, o processo será NULO. Tal nulidade, por ser insanável, pode ser arguida pelo réu em qualquer momento do processo: na ocasião da contestação; na fase recursal; na fase executória; depois do trânsito em julgado pela ação declaratória de nulidade (querella nullitatis insanabilis); e até mesmo via mandado de segurança (RSTJ 46/528). Será considerada inválida a citação quando ela for realizada sem observar as formalidades legais (art. 280) ou quando forem violadas as vedações previstas no art. 244 e 245, NCPC.

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