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Em uma ação de alimentos, foi deferida uma tutela de urgência determinando que Rui Barbosa proceda o pagamento no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais

Em uma ação de alimentos, foi deferida uma tutela de urgência determinando que Rui Barbosa proceda o pagamento no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a titulo de alimentos provisórios para seu filho. Considerando que Rui Barbosa está seis meses inadimplentes da obrigação citada, seu filho requereu o cumprimento da referida decisão, considerando ainda, que no tramite desse pedido de cumprimento, Rui Barbosa foi intimado para o pagamento, não efetuou, ficou preso   por 90 dias e até o momento não foi encontrados os bens passiveis de penhora, sabe-se que Rui Barbosa é sócio majoritário da empresa Rui Barbosa Advogados Associados cujo o patrimônio é mais do que suficiente para arcar com os alimentos provisórios, por fim, nota-se que Rui Barbosa alienou todos os seus bens, após o ajuizamento da ação de alimentos.  Com base nas informações acima encontre uma solução jurídica para que a divida alimentícia seja paga?

💡 3 Respostas

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Leonardo Garcia

Tendo em vista a sociedade em empresa , poderia ser possivel verificar se a solidaridade no contrato da sociedade , e a má fé de Rui foi caracterizada ao após o ajuizamento da ação de alimentos , ele alienou seus bens , tentando ''burlar'' a lei que protege o menor , garantindo-lhe a ação de alimentos

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

É necessária a desconsideração da personalidade jurídica inversa, em virtude do preenchimento do art. 50, do CC:

"Art. 50.  Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. "

Nos termos descritos, não é razoável considerar que o réu não possui bens em seu nome, sendo certo que ocorre abuso da personalidade jurídica, seja com desvio de finalidade da pessoa jurídica, que passa a ser utilizada para ocultar bens e embaraçar a execução, seja por confusão patrimonial, nos termos do art. 50, §2º, do CC:

"Art. 50. [...]

§ 2º  Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por:   

I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice-versa;      

II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto o de valor proporcionalmente insignificante; e 

III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.   "

Segue ementa de julgado do TJSP:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. TENTATIVAS FRUSTRADAS DE LOCALIZAÇÃO DE BENS. DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PERSONALIDADE JURÍDICA. POSSIBILIDADE. REQUISITOS PREENCHIDOS. EXEGESE DO ART. 50 DO CC. DECISÃO MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO."

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