Buscar

AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE VALORES CC IDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E TUTELA DE URGÊNCIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE IMPERATRIZ (MA).
ABC EMPREENDIMENTOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n°. 33.333.333/0001-63, com sede à Avenida 33, n°. 33, bairro Lagoa Verde, CEP 33333-333, Imperatriz/MA, neste ato representado por seus representantes legais, o Sr. CLIENTE Castilho, brasileiro, empresário, casado, portador do RG n°. 333333333, CPF n°. 333.333.333-20, residente e domiciliado à Avenida Pedro Neiva de Santana, n°. 333, Imperatriz/MA e o Sr. CLIENTE Del Castilho, brasileiro, solteiro, empresário, portador do RG n°. 333333333/SSP-MA, inscrito no CPF sob o n°. 333.333.333-72, residente e domiciliado à Rua Espírito Santo, n°. 3333, ap. 333, bairro Três Poderes, CEP 33333-333, Imperatriz/MA, vem à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado constituído por procuração anexa e com fundamento nos artigos 186 c/c 927, caput, ambos do Código Civil, propor: 
AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE VALORES C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS E TUTELA DE URGÊNCIA
Em face de ABC MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o n°. 33.333.333/0001-20, estabelecida à Rua Ijuí, n°. 33, Vila Flores, CEP 98900-000, na cidade de Santa Rosa/RS, pelas razões fáticas e os motivos de direito que passa a expor.
DOS FATOS
Em 22 de julho de 2016, a empresa ENGEFORT CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA e a empresa LINTEC-IXON IND. E COMÉRCIO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS LTDAcelebraram instrumento particular de compra e venda (doc. 04), cujo teor versa sobre aquisição de uma USINA ASFALTO MOVELLX 12000, da qual restou ao autor adimplir as parcelas conforme cláusula terceira do referido contrato. 
Entregue o equipamento, com atraso e algumas avarias, diga-se de passagem, (docs. 05 e 06), e realizado o startup da usina, foi verificado que a referida possuía apenas 02 eixos, em desacordo com os anúncios e os equipamentos semelhantes presentes no mercado (doc. 07). A falta de tal eixo compromete o deslocamento da usina de asfalto. 
Em razão disso, a empresa Requerente entrou em contato com a fornecedora Ré por diversas vezes informando o problema e cobrando a inclusão do terceiro eixo, conforme demonstra cadeia de e-mails que segue em anexo (doc. 08). A Requerida, no entanto, vem protelando o quanto pode, fazendo a empresa Autora esperar por mais de 04 meses com o equipamento parado, gerando prejuízos. 
Para mais, a Engefort está com o equipamento parado ate a presente data esperando a colocação do eixo para efetuar o deslocamento até o local onde a mesma devera entrar em funcionamento. A Requerente está deixando de faturarno mínimo o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por mês desde 17 de janeiro de 2017, totalizando o importe de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) (doc. 09). 
Insatisfeitos com a lesão sofrida, os representantes da empresaAutora ingressam com a presente demanda a fim de ver resguardados seus direitos.Assim, esperam sejam reparados, de forma que a sentença proferida puna os excessos cometidos, torne indene a autora e, sobretudo, cumpra a sua inerente função preventiva, de exemplo à sociedade, para que fatos como este não se repitam, da maneira que melhor arbitrar este douto juízo.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
Constituindo-se esse instituto jurídico, meio útil a tutelar “intio litis”, o interesse de uma das partes, exige a lei processual as condições essenciais ao seu reconhecimento, a saber, o “fumus boni iuris”, consistente na viabilidade de o suplicante obter êxito no processo, e o “periculum in mora”, que é a possibilidade de que, antes de se atender o direito pleiteado, se positivo for o resultado do julgamento da lide ao suplicante, seja lhe causada lesão grave de difícil reparação de acordo com o Art. 300 do CPC.
Mormente, caso a usina de asfalto móvel fornecida pela empresa Requerida não seja por esta adequada às condições de uso com urgência, a Requerente terá que continuar pagando aluguel de maquinário extra para poder atender seus clientes, apesar de estar pagando integralmente o valor da usina que adquiriu o que acarretará grandes dificuldades financeiras, visto que desembolsar tamanha quantia não fazia parte de seus planejamentos.
A pretensão do requerente é legítima, vez que o fornecimento do maquinário sem o terceiro eixo, portanto impróprio para uso, é ilícito e está lhe prejudicando gigantescamente.
O "perigo da demora", ou seja o "periculum in mora", emerge do fato de que, caso não seja esta deferida, aRequerente deverá continuar pagando a locação de um maquinário que já possui, mas que se encontra em condições impróprias para uso por culpa do Requerido.
Caso não seja deferida a tutela, antecipa a fim de compelir judicialmente a empresa Ré a proceder a regularização da usina móvel com a instalação do terceiro eixo com urgência, poderá passar por dificuldade financeira ainda maior que a atual.
Todavia, diante de tais atos e fatos o deferimento da tutela antecipada é a única forma satisfatória que aRequerente possui para cessar a inércia da Requerida e assim ver-se protegidade maiores danos causados pela conduta desta.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Em questão anterior ao mérito, faz-se mister esclarecer que, ao analisar a situação fática, chega-se a conclusão que a presente demanda é derivada de relação de consumo.
Evidente que os fatos narrados acima caracterizam a relação de consumo, uma vez que o Código de Defesa do Consumidor estabelece que:
“Art. 2°. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.”
Noutro polo, temos que a empresa Ré figura na relação fática narrada como fornecedora de serviços, devidamente tipificado no CDC, especificamente no artigo 3º a seguir explicitado:
“Art. 3°. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.”
Para mais, a defesa do consumidor também é assegurada pela Constituição Federal:
“Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”.
“Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
(...)
V - defesa do consumidor”.
Portanto, faz-se clara a possibilidade de inversão do ônus da prova ante a verossimilhança das alegações, conforme disposto no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor:
“Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:
(...)
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências”.
Desse modo, cabe à empresa Requerida demonstrar provas em contrário ao que foi exposto pelaAutora. Resta informar ainda que algumas provas seguem em anexo. Assim, as demais provas que se acharem necessárias para resolução da lide, deverão ser observadas o exposto na citação acima, pois se trata de princípios básicos do consumidor.
A Autora, pessoa jurídica bastante demandada na sua área de atuação, não podia ficar com o maquinário adquirido da empresa Ré por mais tempo sem acarretar prejuízos, sendo obrigada a alugar usina de asfalto móvel de terceiro. Portanto, o ressarcimento do valor gasto com tal locação e a inclusão do terceiro eixo necessário não são favores que a Requerida fará àAutora, mas sim um direito, pois o a referida se obrigou a incluir a peça faltante, mas não o fez em tempo hábile nem apresentou justificativa aceitável.
Assim sendo, requer desde já o reconhecimento de inversão de ônus da prova neste momento processual instrutório a fim de que a matéria elucidativa aos fatos seja melhor interpretada.
DO DIREITO
No mérito também assiste razão à Autora em suas alegações, cabendo, à empresa Ré Linetec-Ixon, a obrigação, tanto subjetiva como objetiva, de reparar o dano causado, conforme a seguir se demonstrará.
Da responsabilidade da empresa Ré
A ofensa sofrida pode ser identificada em diversos pontos da narrativa expendida, a começar pelo tratamento esquivo e protelatório da empresa Ré após a informação de que a usina de asfalto adquirida faltava um eixo. 
Ficou evidente que através de seus atos a Requerida não prestou o serviço nos moldes adequados, sendo totalmente responsável pelos danos, nos termos dos artigos 14 do Código de Defesa do Consumidor:
“Art.14. O fornecedor de serviços responde independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.”
Mesmo diante da posição jurídica mais conservadora, defensora da aplicação subjetiva da responsabilidade, será obrigada a empresa ré a indenizar a autora, raciocínio decorrente da leitura do caput do artigo 927 do diploma civil:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único.Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
A empresa Ré é responsável na medida em que assumiu as consequências de seus atos e omissões, já descritos, contratuais ou extracontratuais, indiferentemente. O próprio código fornece a definição de ato ilícito:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” 
O mero dever genérico de nãoprejudicar não foi respeitado pela empresa Ré que, como observado, foi omissa e negligente quando informada da situação inadequada em que forneceu o equipamento.
Nestes termos, a Autora deve ter seu pedido integralmente provido, pois demonstrou cabalmente a responsabilidade civil da empresa ré, decorrente da prática de ilícitos civis e descumprimentos de obrigações.
Do dever de ressarcir pelo dano material
Parece claro, Excelência, o latente prejuízo sofrido pela empresa Autora ao ser compelida a pagar a inclusão de peça fundamental para o funcionamento adequado do equipamento que adquiriu a Ré. 
A Requerente teve a expectativa de usufruir do bem frustrada, tendo em vista que o produto adquirido não veio com todas as peças necessárias. 
OCódigo de Defesa do Consumidor determina que os fornecedores de produtos duráveis, como é o caso da usina de asfalto adquirida pela Autora, respondem pelos vícios, sejam de qualidade ou quantidade, que os tornem impróprios ou inadequados para o uso que se destinam:
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.”
Fartamente ficou demonstrado e provado o dano material sofrido pela autora, vez que além de pagar quantia integral do bem, ainda tem que custear a locação de maquinário semelhante, pois a Ré não cumpriu com sua responsabilidade.
Para além, o dano agravou-se durante todo o período que amigavelmente tentou a solução da presente lide, despendendo tempo e dinheiro deixando de usar o equipamento à espera de iniciativa da empresa Requerida.
Desta forma é que caminha o entendimento jurisprudencial pátrio:
EMENTA
“APELAÇÃO CÍVEL. BEM MÓVEL. RELAÇÃO DE CONSUMO. DEFEITO DO PRODUTO E DO SERVIÇO DEVIDAMENTE CARACTERIZADO. RESTITUIÇÃO DA QUANTIA PAGA PELO CONSUMIDOR. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CABIMENTO. Nos termos do art. 18 do CDC, comprovada a existência de vício do produto, o fornecedor responde pelos danos morais e patrimoniais causados ao consumidor. Dano moral configurado. Quantificação. Princípio da razoabilidade. RECURSO PROVIDO EM PARTE.”
(TJ-SP - APL: 00067995820118260007 SP 0006799-58.2011.8.26.0007, Relator: Antonio Nascimento, Data de Julgamento: 24/03/2014, 26ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 24/03/2014)
EMENTA
“RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIA PAGA. CONSUMIDOR. PRODUTO QUE APRESENTOU DEFEITO DENTRO DO PRAZO DE GARANTIA. EMPRESA RÉ QUE FORNECEU APENAS AS PEÇAS PARA CONSERTO, MAS SE RECUSOU A RESSARCIR OS VALORES GASTOS PELO CONSUMIDOR COM A MÃO DE OBRA. DEVER DA RÉ DE ARCAR COM OS VALORES DO CONSERTO. GARANTIA VIGENTE. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. No caso em apreço restou suficientemente demonstrado que o autor pagou indevidamente o valor de R$ 216,00 (duzentos e dezesseis reais) referentes ao conserto do motor que ele adquiriu junto a ré, e que apresentou defeito na vigência do prazo de garantia. Neste sentido, não tendo a ré logrado êxito em comprovar que o defeito apresentado no produto ocorreu por mau uso ou culpa exclusiva de terceiro, é devida a restituição dos valores pagos, ainda que se refiram apenas à mão-de-obra. Note-se que pelo fato do produto estar na garantia, é responsabilidade da ré arcar com todas as despesas necessárias para conserto do produto viciado. Recurso conhecido e desprovido. , decidem os Juízes Integrantes da 1ª Turma Recursal Juizados Especiais do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, conhecer do recurso, e no mérito, negar-lhe provimento, nos exatos termos do vot (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0016206-41.2014.8.16.0014/0 - Londrina - Rel.: Letícia Guimarães - - J. 07.03.2016)”
(TJ-PR - RI: 001620641201481600140 PR 0016206-41.2014.8.16.0014/0 (Acórdão), Relator: Letícia Guimarães, Data de Julgamento: 07/03/2016, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 23/03/2016)
Com efeito, a autora foi vítima do descaso e desorganização da parte Demandada, que agindo em descompasso aos princípios contratuais consumeristas, agindo descompromissada e negligentemente, não atenderam às inúmeras tentativas da autora em ver seu direito respeitado.
Dos danos morais
É sabido que dano moral é a lesão a interesses não patrimoniais pelo fato lesivo. Foi exatamente esse bem imaterial, imagem e reputação, que veio a ser injustamente ofendido pela Requerida, que foi negligente ao protelar a reparação no equipamento que forneceu à Requerente. 
Deve-se observar que o constrangimento sofrido pela Requerente foi causado, única e exclusivamente, pela irresponsabilidade da Requerida, que tem a sua integridade moral assegurada pela Súmula 227 do Supremo Tribunal de Justiça:
“Súmula 227 - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.”
O constrangimento perante os consumidores da Requerente é evidente. Seu bom nome nomundo civil e comercial onde atua, sua reputação junto a terceiros restou abalada. Ora,quando solicitada a prestar os seus serviços, estando a usina móvel imprópria para uso, é constrangida a informar à clientela que não será possível oatendimento em sua sede.A consequência óbvia é que a credibilidade da empresa Autorafoi atingida. 
E mais: se a Requerente liberou quantia de seu patrimônio para adquirir bens para fazer parte de seu maquinário, certamente primou pela confiabilidade na marca, no custopelo benefício, jamais imaginando que teria tantos problemas com o produto e com a empresa fornecedora. 
Sendo assim, o dano moral causado à empresa Autora advém da própria conduta da Requerida, tornando-se obrigatória a indenização devida à Requerente pelos danos advindosdos prejuízos causados e do ato ilícito.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer a VOSSA EXCELÊNCIA:
I -O deferimento da tutela antecipada, determinando que a empresa Requerida forneça e instale o terceiro eixo na referida usina de asfalto móvel COM URGÊNCIAsob pena de multa;
II - O deferimento do pedido da inversão do ônus da prova,tratando-se de relação de consumo amparada no Código de Defesa do Consumidor;
III -A citação do Requerido, para, querendo, apresentar resposta;
IV -Seja julgada totalmente PROCEDENTE a presente demanda, a fim de que condenar o banco requerido a restituir o valor pago a título de aluguel de usina móvel de terceiro a partir de janeiro de 2017, totalizando, à época do ajuizamento da presente ação, o importe de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais);
V - A fixação de danos morais no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);
VI -A condenação do banco Requerido aopagamento das despesas processuais e honorários advocatícios.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, em especial pelo depoimento pessoal dos representantes legais da Requerida, oitiva de testemunhas, prova documental e pericial e outras cabíveis a espécie.
Nestes termos, dá-se à causa o valor de R$ 230.000,00 (duzentos e trinta mil reais).
Requer ainda, que todas as intimações sejam feitas em nome de EDMAR DE OLIVEIRA NABARRO, no seguinte endereço: Rua Rio Grande do Norte, 223, Juçara, Imperatriz – MA, CEP: 65.900-520 ou via DIÁRIO ELETRÔNICO no mesmo nome com OAB/MA 8875, SOB PENA DE NULIDADE DO ATO.
São os termos em que,
Pede e espera deferimento.
Imperatriz (MA), 14 de julho de 2017.
DR. SUCESSO
OAB 3333
Doc. 01 - Procuração ;
Doc. 02 - Contrato social;
Doc. 03 - Documentos de identificação;
Doc. 04 - Contrato de compra e venda;
Doc. 05 - Corrente de e-mails (atraso na entrega);
Doc. 06 - Corrente de e-mails (avarias);
Doc. 07 - Usinas mesma categoria;
Doc. 08 - Corrente de e-mails (cobrança de inclusão de 3º eixo);
Doc. 09 - Aluguel de usina de asfalto de terceiro;
Doc. 10-Certificado de registro e licenciamento da usina.

Continue navegando

Outros materiais