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É possível uma política de preços máximos afetar o consumidor?

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RD Resoluções

Especificamente, há leis que impedem que determinado bem ou serviço seja vendido a um preço muito alto. Um exemplo comum é o controle de alugueis, praticado em diversos lugares do mundo. Nele, são determinados valores máximos (teto) para o aluguel de residências em determinada região.

Há também controles que impõem um preço mínimo (piso) para um bem ou serviço. O exemplo clássico é o salário mínimo, o qual impede que se pague um salário abaixo de determinado valor estabelecido por lei.

Durante o Plano Cruzado, em 1986, isso era bem nítido na economia brasileira. Especificamente, o programa tentava acabar com uma inflação elevadíssima com uso do tabelamento de preços. Ou seja, havia valores máximos que os preços de diversos itens não poderiam ultrapassar.

Nesse período, eram muito comuns casos de produtos que simplesmente sumiam das prateleiras dos supermercados. O modelo acima prevê exatamente isso: se o preço tabelado for baixo (relativamente ao preço de equilíbrio): há incentivo ao consumo e desincentivo à produção, o que acaba gerando excesso de demanda e consequentemente desabastecimento.

Hoje, temos uma situação semelhante na Venezuela, que tenta conter a inflação controlando preços e vem sofrendo com casos de desabastecimento. Políticas de controle de alugueis são também um bom exemplo dos custos de intervenções desse tipo. Esses custos se mostram de maneira mais severa no longo prazo, uma vez que o preço baixo dá poucos incentivos ao investimento na manutenção de moradias existentes e na construção de novas moradias. Consequentemente, a oferta nesse mercado tende a se reduzir ao longo do tempo.

Essa discussão também ilustra a perda de eficiência associada a políticas de controles de preços. Lembre-se do cartão anterior, que a eficiência é atingida no pontos em que demanda e oferta se cruzam (no caso, 200.000 pares de sapato). A política reduz a quantidade produzida, levando a ineficiência.

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Edmund

Sim, pois pense que a economia funciona como um aglomerado de bens, fatores e constituintes, agindo mutuamente e juntos. Nesse contexto, vamos imaginar o preço dos alugueis residenciais.  Se limitarmos o preço destes, o consumidor se beneficia, pois, uma vez que os preços estão congelados, haverá mais consumidores dispostos a pagar o preço congelado ( em oposição ao preço competitivo que tende ao maximo que os consumidores estão dispostos a pagar). Ou seja haverá maior demanda por aluguéis... Em contraposição irá diminuir a renda donos de imóveis, pos recebem menos com os preços congelados, por sua vez, afetar-se-a o consumo destes em relação a outros bens que seriam consumidos por estes, como alimentação, bens de consumo duráveis, e outros... Ou mesmo, se os preços permanecerem congelados, os donos de imóveis podem optar por vendelos, alterando portanto a dinamica da oferta de imoveis... Uma vez que este mercado nao esteja regulado, em oposição ao aluguel de imoveis.

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