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Qual medida cabível quanto à greve dos servidos públicos?

Respostas

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senhor magro Brito

Ementa: EMENTA Embargos de declaração no agravo regimental na reclamação. Impossibilidade de cabimento de reclamação constitucional para se discutir o corte do ponto dos servidores públicos e o desconto dos dias paralisados em razão do exercício do direito de greve. Inexistência das hipóteses autorizadoras da interposição dos embargos. Embargos declaratórios rejeitados. 1. Inexistência dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil . 2. Embargos de declaração rejeitados

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DLRV Advogados

Em tese, o direito de greve dos servidores públicos depende de edição de ato normativo que integre a eficácia do artigo 37. VII da Constituição. Diante da demora do legislativo em produzir a referida norma, o STF, em julgamento de Mandados de Injunção, entendeu por aplicável a Lei de Greve (Lei 7.783/89) aos servidores públicos.

A referida Lei não se aplica, no entanto, em sua plena redação.

Portanto, alguns critérios devem ser observados para que haja a legalidade na referida greve, especialmente no que diz respeito à necessidade do movimento cientificar a Administração mediante comunicação formal com antecedência mínima de 72 horas do início da paralização, e da necessidade de observar que a paralisação deverá ser parcial, de modo a garantir a regular continuidade da prestação do serviço público.

Segundo o STF, "a administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público".

Segundo a Ministra Carmem Lúcia, "a aplicação do art. 7º da Lei nº 7.783/89 – determinada por esta Corte -, que estabelece que a ‘participação em greve suspende o contrato de trabalho’, induz ao entendimento de que, em princípio, a deflagração de greve corresponde à suspensão do contrato de trabalho. Isso porque, na suspensão não há falar em prestação de serviços, tampouco no pagamento de sua contraprestação. Desse modo, os servidores que aderem ao movimento grevista não fazem jus ao recebimento das remunerações dos dias paralisados, salvo no caso em que a greve tenha sido provocada justamente por atraso no pagamento ou por outras situações excepcionais que justifiquem o afastamento da premissa da suspensão da relação jurídica de trabalho e, por consequência, da atividade pública". 

O STF também aceita a tese de que atos normativos estaduais prevejam consequencias administrativas decorrentes do exercício do direito de greve.

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