A finalidade do aviso prévio, se concedido pelo empregador, é possibilitar ao trabalhador despedido a procura de novo emprego, antes de ter seu contrato rescindido definitivamente, de forma a garantir-lhe salário durante este período, proporcionando-lhe meios de subsistência para que se ocupe na procura de uma nova recolocação no mercado de trabalho. Porém, se concedido pelo empregado, hipótese em que estará pedindo demissão, a finalidade de tal notificação é fornecer ao empregador oportunidade para contratar substituto para o cargo, minimizando-lhe, assim, possíveis prejuízos de ordem econômica.
Isto posto, o aviso prévio só é cabível na hipótese de contrato de trabalho que seja por prazo indeterminado (art. 487, caput, CLT). Não se aplicando no trabalho temporário regido pela Lei n. 6.019/74, como também nos contratos de trabalho por prazo determinado([1]). Todavia, ele poderá incidir nos contratos a termo, quando no pacto por prazo determinado houver a previsão da cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão previsto no art. 481 da norma consolidada([2]).
Para o professor Carlos Henrique Bezerra Leite, aviso prévio é uma declaração unilateral de vontade da parte que pretende dar por extinto o contrato de trabalho que não tenha prazo determinado.
O conceito de aviso prévio/pedido de demissão, para Eloy José da Rocha citado por Cortez (1994), é a notificação de uma das partes, no contrato de trabalho por prazo indeterminado, à outra, da cessação do mesmo contrato, ao fim de determinado prazo.
Leciona Octavio Bueno Magano, citado por Jorge Neto e Cavalcante (2004), que aviso prévio é o prazo que deve preceder a rescisão unilateral do contrato de trabalho de termo final indeterminado e cuja não concessão gera a obrigação de indenizar.
Jorge Neto e Cavalcante (2004) entendem que o aviso prévio é a comunicação prévia dada por uma das partes à outra, no sentido de que deseja a extinção do vínculo sem justa causa, com a observância do prazo a que estiver obrigada, assumindo o compromisso da manutenção do contrato durante esse prazo, sob pena do pagamento de uma quantia fixada em norma trabalhista.
Também, pode ser definido como a comunicação que uma parte, empregado ou empregador, deve fazer à outra de sua determinação em rescindir o contrato de trabalho. É inválida a concessão de aviso prévio no curso de férias ou do período de garantia de emprego.
O aviso prévio deve ser comunicado com antecedência mínima de 30 dias([3]), nos termos do art. 7º, XXI, da Constituição Federal de 1988 e da Lei n° 12.506, de 11 de outubro de 2011, e somente será cabível em se tratando da rescisão de contratos de trabalho por prazo indeterminado([4]) ou nos termos do art. 481 da CLT.
O comprovante de aviso prévio é dispensável se a homologação da rescisão contratual e o pagamento das verbas rescisórias ocorrerem no mesmo dia da demissão de iniciativa do empregador.
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