Num primeiro momento, vivemos o momento da irresponsabilidade do administrador público. Nessa época, o patrimônio do Estado e do Monarca se confundiam e, como ele tinha poderes com fundamento divino, não admitia ser questionado, muito menos responsabilizado.
Com o tempo, evoluiu-se para a responsabilidade com previsão legal, que só admitia a responsabilidade do Estado nos casos expressamente previstos em lei.
Também chamada de Teoria Civilista, essa construção passou a admitir a responsabilidade do Estado independentemente de previsão legal expressa, desde que presentes determinados requisitos, quais sejam, conduta, dano, nexo causal e o elemento subjetivo (dolo/culpa).
Nesse momento, o que se buscava não era mais a culpa / dolo do agente público que causou o dano, mas a falta cometida pelo serviço público como um todo. Segundo essa teoria, a vítima tem que provar que o serviço foi mal prestado, prestado com atraso ou que não foi sequer prestado.
Por fim, alcançamos o modelo da responsabilidade objetiva, que independe de qualquer comprovação de culpa. Basta que a vítima demonstre entre o dano e um agente público. A intenção do agente já não importa mais.
A Teoria da Responsabilidade Objetiva desdobrou-se em dois modelos: Teoria do Risco Administrativo e Teoria do Risco Integral.
A Teoria do Risco Administrativo, admite que a responsabilidade do estado seja afastada nos casos expressos em lei (excludentes de responsabilidade).
A Teoria do Risco Integral, por outro lado, não admite qualquer excludente de responsabilidade, de modo que imputa ao estado qualquer dano causado relacionado a seus agentes.
No Brasil, a responsabilidade civil do estado no âmbito do direito administrativo, em regra, é objetiva, conforme se depreende do art. 37, §6º, da Constituição Federal.
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Nesse contexto, vale mencionar que a doutrina majoritária entende que a responsabilidade civil da administração por OMISSÃO é subjetiva. Hely Lopes Meireles , no entanto, defende a tese de que responsabilidade do Estado é sempre objetiva, seja nos casos de omissão, seja nos de comissão.
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Direito Administrativo I
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