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Qual é a evolução da Responsabilidade Civil do Estado no Direito Administrativo?

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Claudio Cenamo

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Especialistas PD

 

  • Teoria da Irresponsabilidade do Estado

Num primeiro momento, vivemos o momento da irresponsabilidade do administrador público. Nessa época, o patrimônio do Estado e do Monarca se confundiam e, como ele tinha poderes com fundamento divino, não admitia ser questionado, muito menos responsabilizado.

  • Responsabilidade com previsão legal

Com o tempo, evoluiu-se para a responsabilidade com previsão legal, que só admitia a responsabilidade do Estado nos casos expressamente previstos em lei.

  • Teoria da Responsabilidade subjetiva

Também chamada de Teoria Civilista, essa construção passou a admitir a responsabilidade do Estado independentemente de previsão legal expressa, desde que presentes determinados requisitos, quais sejam, conduta, dano, nexo causal e o elemento subjetivo (dolo/culpa).

  • Teoria da Culpa do Serviço

Nesse momento, o que se buscava não era mais a culpa / dolo do agente público que causou o dano, mas a falta cometida pelo serviço público como um todo. Segundo essa teoria, a vítima tem que provar que o serviço foi mal prestado, prestado com atraso ou que não foi sequer prestado.

  • Teoria da Responsabilidade Objetiva

Por fim, alcançamos o modelo da responsabilidade objetiva, que independe de qualquer comprovação de culpa. Basta que a vítima demonstre entre o dano e um agente público. A intenção do agente já não importa mais.

A Teoria da Responsabilidade Objetiva desdobrou-se em dois modelos: Teoria do Risco Administrativo e Teoria do Risco Integral.

A Teoria do Risco Administrativo, admite que a responsabilidade do estado seja afastada nos casos expressos em lei (excludentes de responsabilidade).

A Teoria do Risco Integral, por outro lado, não admite qualquer excludente de responsabilidade, de modo que imputa ao estado qualquer dano causado relacionado a seus agentes.

No Brasil, a responsabilidade civil do estado no âmbito do direito administrativo, em regra, é objetiva, conforme se depreende do art. 37, §6º, da Constituição Federal.

§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Nesse contexto, vale mencionar que a doutrina majoritária entende que a responsabilidade civil da administração por OMISSÃO é subjetiva. Hely Lopes Meireles , no entanto, defende a tese de que responsabilidade do Estado é sempre objetiva, seja nos casos de omissão, seja nos de comissão.

 

  • Esquematizando:

 

  1. Teoria da Irresponsabilidade do Estado
  2. Responsabilidade com previsão legal
  3. Teoria da Responsabilidade subjetiva
  4. Teoria da Culpa do Serviço
  5. Teoria da Responsabilidade Objetiva
    1. Teoria do Risco Administrativo
    2. Teoria do Risco Integral

 

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