A doutrina constitucionalista leciona que os direitos fundamentais foram idealizados com o intuito de limitar o poder estatal sobre os indivíduos, de modo que, seguindo a doutrina liberal, a aplicação dessa modalidade de direitos se daria apenas quando das relações jurídicas havidas entre o Estado e o particular. Trata-se portanto de uma eficácia vertical dos direitos fundamentais, já que, nessa relação, há hierarquia e subordinação do particular em relação ao Estado.
Depois, com a evolução das relações sociais, percebu-se a necessidade de ampliação da incidência dos direitos fundamentais. Se antes os direitos fundamentais eram aplicados apenas como forma de proteção do indivíduo diante do poder do Estado (verticalizado), agora se tem a ideia de que tambem nas relações privadas, entre particulares (horizontal), faz-se mister o resguardo desses direitos.
Isso porque, nas sociedades modernas, o avanço do poderio econômico acabou por culminar em abusos e violações de direitos fundamentais perpetradas por outros personagens, não só o Estado (ex: grandes empresas), sendo imperioso o seu resguardo em nome da igualdade e do equilíbrio das relações.
É isso o que se denomina “eficácia horizontal ou privada dos direitos fundamentais".
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