O intenso processo de inovações tecnológicas em curso no mundo capitalista tem tido como conseqüência:

A consequência mais imediata da tecnologização dos processos produtivos é a possibilidade de substituição, ou ao menos diminuição, da necessidade de trabalho vivo. Além disso, torna-se necessária maior especialização da mão-de-obra, situações que acarretam a diminuição das possibilidades de inserção no mercado de trabalho para o conjunto da classe trabalhadora, uma vez que grande parte deste contingente não possui condições de especializar-se. A diminuição do emprego, por sua vez, faz com que se agravem as expressões da questão social que afetam as famílias da classe trabalhadora que, estando fora do mercado de trabalho, não tem acesso aos direitos trabalhistas, passam a depender de políticas públicas sociais que, no cenário capitalista, são pontuais, focalistas e seletivas, não permitindo aos seus usuários a proteção social necessária diante das vulnerabilidades a que se encontram expostos.