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Pessoal considerando a hierarquia normativa, é permito violar os direitos humanos em um país qualquer?

Essa qustão me "atiçou" depois da lei que aprovada e sansionada em Uganda na Africa, onde proíbe expressamente a prática homossexual, levando até a prisão perpétua aos praticantes. Considerando a Constituição daquele país, e considerando os acordos internacionais, e levando em conta que a Declaração dos Direitos humanos, tem cunho optativo e não obrigatório, é possivel aprovar tal lei?  Uganda pode sofrer sansões internacionais? Pois a DH, não é um acordo internacional

💡 4 Respostas

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Felipe

Veja bem, como sabemos oque caracteriza um ESTADO dentre outros é sua soberania , ou seja sua autonomia perante outros estados (países), sendo assim cada país pode legislar confome "bem entender". porém existem pactos entre países soberanos para o bem comum mundial, e um exemplo é a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS.  essas sansões que tal país poderá levar é de mero mercantilismo, e possivelmente de ajuda monetária. 

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João Filippe Rossi Rodrigues

Então, intervenções militares acredito que seria muito difícil, como, por exemplo, no caso da Unganda. Há os acordos internacionais, que não são obrigatórios, mas que dão uma certa pressão e embassamento para se imputar sanções econômicas. 

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Thiago Nogueira

Haveria, de fato, uma opção. Recentemente foi implementada a Corte Africana de Direitos Humanos e dos Povos (que eu ainda não pude estudar a fundo e, por isso, não sei se inclui Uganda). Teoricamente ela poderia se opor acima dessa lei interna, se fosse incitada a tanto. Entretanto, como falaram, a vontade política por trás, ainda, é muto fraca para isso, ou para a forçar a Uganda a rever esse absurdo. Internacionalmente há sim possibilidade de se agir contra essa lei interna, vez que o Direito Internacional Público já concebeu que o jus cogens (núcleo mais central de deveres internacionais, similar às cláusulas petreas brasileiras, grosso modo) é composto pelos Direitos Humanos mais intrínsecos, mais caros a todas as culturas globais, como o direito à vida e à dignidade, e, assim sendo, gera obrigações erga omnes (que são devidas por todos, mesmo que não tenham concordado com tanto, sendo dever do Conselho de Segurança das Nações Unidas e de sua coirmã, Corte Internacional de Justiça, zelarem por isso). Entretanto, para invocar esses direitos, fundamentados no DIP, teríamos que juntar a vontade política mínima dos interessados regionalmente, outros países africanos, e de alguns atores mundiais com mais impacto sociopolítico. E, aí sim, temos a dificuldade. Acredito que sanções econômicas virão, por ser um país de "menor expressão" do que a China ou Rússia, maas, podem demorar e, até lá, vidas desperdiçadas. Por isso o caminho mais seguro seria o da observância do Direito Internacional dos Direitos Humanos e, assim, qualquer cidadão poderia dar início ao processo na Corte Africana de Direitos Humanos já que, contemporaneamente, é o indivíduo um dos possíveis sujeitos do Direito Internacional. Mas, ao que parece, estão tentando prender/matar cada gay no país antes que isso aconteça...

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