Como advogado de Joaquim e Ana, alegaria em sede de defesa que o direito de passagem forçada previsto no artigo 1.285 do CC/02 só se caracterizaria na hipótese de o imóvel de seus clientes ser encravado.
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
Reproduziria as palavras de Lenine Nequete, na obra “Da Passagem Forçada”, que dizia ser necessário para haver encravamento: a) que o prédio não tenha saída para a via pública, nem possa buscar-se uma, ou, podendo, somente a conseguiria mediante excessiva despesa ou trabalhos desmesurados; b) ou que a saída de que disponha seja insuficiente e não se possa adaptá-la ou ampliá-la – ou porque isso é impossível, ou porque os reparos requereriam gastos ou trabalhos desproporcionados.
Subsidiariamente, requereria o pagamento de indenização para tolerar a autorização da passagem. Assim entendeu o ministro do STJ, Ari Pargendler, ao definir: "Encravado é o imóvel cujo acesso por meios terrestres exige do respectivo proprietário despesas excessivas para que cumpra a função social sem inutilizar o terreno do vizinho, que em qualquer caso será indenizado pela só limitação do domínio".
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Direito Civil e Direito Processual Civil
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