o chumbo mimetiza e compete de maneira superior com o cálcio e causa efeitos deletérios na respiração mitocondrial e na função neurológica. Outro efeito conhecido, é que o chumbo altera a síntese de DNA e RNA e subseqüentemente a informação genética celular.
Os sinais clínicos incluem anormalidades relatadas nos sistemas gastrintestinal, neurológico e hemolinfático. Os sinais mais comuns sao vagos e incluem anorexia, letargia, diarréia com bile, poliúria e perda de peso. Hemoglobinuria é particularmente comum em Amazona spp intoxicados, mas ocasionalmente observados em outras espécies. Aves intoxicadas por chumbo apresentam anormalidades neurológicas severas incluindo tremores/convulções, ataxia, inclinação da cabeça, andadura em círculos, alterações no comportamento, paresia de membros posteriores e asas, e diminuição na acuidade visual. Algumas aves podem não demonstrar nenhum sinal clínico; outras podem somente apresentar uma emaciação. Nas aves aquáticas, a toxicose pode parecer mais crônica e pode mostrar sinais clínicos semelhantes ao do botulismo.
A toxicose por chumbo pode causar anormalidades no hemograma e nas bioquímicas plasmáticas. As aves afetadas podem mostrar uma anemia regenerativa com íiveis proteicos plasmáticos normais. A toxicose por chumbo pode causar uma resposta exagerada com mais policromasia rubricitos que se esperaria pelo grau de anemia presente. Pode ocorrer uma hipocromasia. As elevações de AST, CK e LDH ocorrem frequentemente nas aves com toxicose por chumbo.
A radiologia pode mostrar densidades metálicas ventriculares. A toxicose por chumbo pode estar presente sem sinais radiográficos anormais (isto é, falta de densidades metálicas no trato gastrintestinal). Em alguns casos de intoxicação crônica, a fonte original de chumbo pode não estar mais no trato gastrintestinal, mas vem sendo absorvida e existe uma forma não radiodensa no sangue, tecidos moles e/ou osso.
O diagnóstico definitivo é realizado pela espectrofotometria de absorção atômica. Os níveis de chumbo no sangue completo maiores que 0,2ppm (20 microgramas) sugerem uma toxicose por chumbo, e os níveis maiores que 0,5ppm (50 microgramas) são diagnósticos de toxicose por chumbo.
No tratamento da toxicose por chumbo, exigem-se uma terapia de quelação, terapia de suporte e algumas vezes remoção de corpo estranho.
1
1
Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto
Compartilhar