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DEFINA TEORIA DE MIGUEL REALE

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Romeu Felix

A Teoria Tridimensional do Direito é uma concepção de Direito, conhecida e elaborada pelo jusfilósofo brasileiro Miguel Reale em 1968, surgiu ao inscrever-se que o direito positivo e o jurisdicional deixavam o direito apenas como algo parcial, incompleto e, portanto, ineficiente. Não é viável ver o direito simplesmente como uma norma, por esse motivo surgiu a teoria, onde existem três aspectos que formam o direito, aspectos estes que estão sempre se relacionando, tão unidos que não podem ser separados

Miguel Reale não foi o primeiro filósofo a postular uma teoria tríplice, sendo que autores como Emil Lask, Gustav Radbruch, Roscoe Pound Wilhelm Sauer e Werner Goldschmidt já tinham, em suas obras, abordado, ainda que de forma superficial, a tridimensionalidade jurídica.

À época de sua divulgação, tratou-se de uma forma absolutamente revolucionária e inovadora de se abordar as questões da ciência jurídica, tendo esse pensamento arregimentado adeptos e simpatizantes em todo o universo do Direito.

Miguel Reale buscou, através desta teoria, unificar três concepções unilaterais do direito:

  • o sociologismo jurídico, associado aos fatos e à eficácia do Direito;
  • o moralismo jurídico, associado aos valores e aos fundamentos do Direito; e
  • o normativismo abstrato, associado às normas e à mera vigência do Direito

 

 

  1. Reale, Miguel (2002). Lições preliminares de Direito 27 ed. São Paulo: Saraiva. pp. 64,65,66,67,68
  2. Reale, Miguel (1992). O direito Como Exeriencia 2 ed. São Paulo: Saraiva
  3. Reale, Miguel (1994). Teoria Tridimensional Do Direito 5 ed. São Paulo: Saraiva. pp. 67–79
  4. Reale, Miguel (2007). «XXXIV». Filosofia do Direito 20 ed. São Paulo: Saraiva. pp. 495–515
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DLRV Advogados

Miguel Reale foi um importante jurista brasileiro, autor de dezenas de livros, nos quais abordava diversas teorias.

Dentre as contribuições de Reale para a teoria do direito, a que lhe atribuiu maior prestígio fora a Teoria Tridimensional do Direito, motivo pelo qual acreditamos que a pergunta busque informações sobre esta teoria.

Segundo a teoria tridimensional do Direito, de Reale, o Direito se compõe da conjugação harmônica dos três aspectos básicos e primordiais:

  • o aspecto fático (fato) ou seja, o seu nicho social e histórico;
  • o aspecto axiológico (valor) ou seja, os valores buscados pela sociedade, como a Justiça; e
  • o aspecto normativo (norma) ou seja, o aspecto de ordenamento do Direito.

O fato vem a ser um acontecimento social que envolve interesses básicos para o homem e que por isso se enquadra no conjunto de assuntos regulados pela ordem jurídica. Miguel Reale chama a atenção para a distinção existente entre as duas acepções que a palavra “fato” comporta na teoria tridimensional: o direito como fato histórico-cultural, um fenômeno social e como dimensão do direito. Importa distinguir o fato do direito, global e unilateralmente entendido como um acontecimento histórico, e quanto ao fato enquanto fator ou dimensão daquela experiência. – O fato indica uma circunstancia de cada momento no desenrolar do processo jurídico. Bem, fato nestas acepções, é tudo aquilo que naquele determinado meio do direito, corresponde ao já dado ou ao já posto no meio social e que valorativamente se integra na unidade ordenada da norma jurídica, dando resultado a dialeticidade dos três fatores.

O valor corresponde ao elemento moral do direito. Se toda obra humana é impregnada de valores, igualmente o direito, ele protege e procura realizar valores ou bens fundamentais e vida social.

A norma consiste no comportamento ou organização social imposto aos indivíduos.

A conjugação proposta por Reale pressupõe uma constante comunicação entre o primeiro e o segundo aspectos, que origina e também se relaciona com terceiro. Esta comunicação é denominada pelo próprio autor como a "dialética de implicação-polaridade", ou, "dialética de complementariedade". Esta dialética consiste na percepção de que fatos e valores estão constantemente relacionados na sociedade de maneira irredutível (polaridade) e de mútua dependência (implicação).

Tal teoria fora revolucionária e inovadora à época, vez que, anteriormente, o direito positivo e o jurisdicional deixavam o direito apenas como algo parcial, incompleto e, portanto, ineficiente, tratando-o como uma norma, apenas.

Miguel Reale, entretanto, não foi o primeiro jurisfilósofo a postular uma teoria tríplice, sendo que autores como Emil Lask, Gustav Radbruch, Roscoe Pound Wilhelm Sauer e Werner Goldschmidt já tinham, em suas obras, abordado, ainda que de forma superficial, a tridimensionalidade jurídica.

 

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