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ql a diferenca de culturalismo com estado de liderança?

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Carlão Matos

Liderar é colocar as pessoas em primeiro plano, valorizar a relação e o ambiente de trabalho dos profissionais que estão sob a sua responsabilidade. O encarregado lidera quando se preocupa com o bem-estar de todos e cria um bom clima no ambiente de trabalho, fazendo com que os funcionários se inspirem e deem o melhor de si para a empresa. Este é o tipo de pessoa por quem os subordinados criam o sentimento de confiança

Estado de Liderança é a forma como se lidera algo

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LR

Em Ciência Política devemos considerar o conceito de ‘Liderança’ diz respeito ao “papel que: a) desenvolve-se num contexto específico de interações e reflete em si mesmo (e na sua ‘tarefa’) a ‘situação’ deste contexto; b) manifesta determinadas motivações do líder e exige atributos peculiares de personalidade e habilidade, além de recursos específicos, tudo isso (motivações, atributos e recursos) variáveis do papel, relacionadas com o contexto; c) relaciona-se com as expectativas dos liderados, seus recursos, suas aspirações e suas atitudes” (BOBBIO, 1993: 713). Segundo este conceito, não é possível pensar em liderança sem considerar o líder, ou melhor, não é possível tratar do termo sem antes “esclarecer a distinção entre uma Liderança definida pelo papel e um líder que determina o papel” (BOBBIO, 1993: 713), o que afinal configura-se em uma questão de caracterização, de atribuição e de contexto. Segundo Bobbio, há “três tipos de liderança: a) O líder de rotina, que não cria (e não reelabora), nem seu papel, nem o contexto em que é chamado a desempenha-lo, mas desempenha apenas, dentro de milites na sua maioria já preestabelecidos, um papel-guia de uma instituição já existente, um papal ao qual pode dar, quanto muito, o marco de seu estilo individual (por exemplo, na Itália um presidente da república que atue como atuaram De Nicola e, pelo menos até 1954, Einaudi). b) O líder inovador, que reelabora, até radicalmente, o papel-guia de uma instituição já existente, e pode chegar à reestabelecer do próprio papel da instituição (por exemplo, na Itália, um presidente da república que consegue garantir para si poderes efetivos de orientação política, ou – para propor um outro exemplo tirado do atual contexto italiano – uma Liderança sindical que chegasse a assumir, como suas, as funções específicas dos partidos políticos). c) O líder promotor – uma figura parecida, embora não idêntica, à do organization builder, tal, como é caracterizada por F. H. Harbison e C. A. Myres (1959), isto é, um líder que sabe criar tanto seu papel como o contexto onde vai desempenhá-lo (por exemplo, alguém que se torne fundador de um grupo, de um sindicato, partido político, ou até mesmo de um Estado: contanto que – evidentemente – consiga proporcionar um mínimo de consistência à sua iniciativa e manter a posição de líder na instituição por ele promovida).” (BOBBIO, 1993: 713). Há diversas dimensões quanto a Liderança, o estado de liderança, que seria o Líder, seu papel e sua função, varia segundo o contexto que se pretende colocar em questão.

Há um outro aspecto a respeito do conceito de liderança, aspecto esse que pode com muita facilidade dialogar com as teorias do culturalismos e do multiculturalismo. Quando ao Líder a aos Liderados, é possível diferenciar “a) Os líderes que arrastam multidões, ‘capazes de conceber uma grande ideia, de juntar uma multidão suficientemente grande para concretiza-la e de pressionar a multidão para que, de fato, a concretize’. b) Os líderes que interpretam as multidões, hábeis principalmente ‘em tornar claros e explícitos os sentimentos e os pensamentos que se encontram na multidão de forma obscura e confusa’. c) Os líderes que representam as multidões limitam-se a ‘exprimir apenas a opinião da multidão, já conhecida e definida’.” (BOBBIO, 1993: 715). No limite esta aspecto trata do “problema fundamental [que] é o de saber ‘por que quem é guiado segue quem o guia’: porém, na sua colocação mais abrangente, este é o próprio problema do poder e de sua legitimação” (BOBBIO, 1993: 715). Em resumo, por definição, “são líderes os que: a) no interior de um grupo b) ocupam uma posição de poder que tem condições de influenciar, de forma determinante, todas as decisões de caráter estratégico, c) o poder que é exercido ativamente, d) e que encontra legitimação na sua correspondência às expectativas do grupo” (BOBBIO, 1993: 716).

O culturalismo (e o multiculturalismo), estabelece que a cultura tem papel determinante na forma de pensar do homem. Um homem pensa segundo a cultura com que aprendeu a pensar. O multiculturalismo reitera o culturalismo levando em consideração o fenômeno quase inescapável da globalização, do contexto onde coexiste em um mesmo povo múltiplas influencias culturais. Dessa forma, para compreender o conceito de liderança segundo o culturalismo e sua forma atualizada (multiculturalismo), é inescapável considerar o contexto cultural de onde pretende-se debater a questão. Assim o conceito de liderança pode muito bem se alterar segundo o grupo em questão, segundo as possibilidades que esse grupo abre para as disputa de poder e segundo os elementos que garantiriam ao líder uma posição de legitimidade, e não obstante deve-se levar também em consideração aspectos territoriais, a herança histórica e a conjuntura.

Referencia bibliográfica:

BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política. Brasília: Adunb, 1993.

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