Teça considerações sobre a inversão do ônus de prova prevista no Código de Defesa do Consumidor, perpassando pela (in) existência de requisitos para sua ocorrência, bem como sobre o momento em que deveria ocorrer.
O CDC traz em seu bojo a possibilidade da inversão do ônus da prova visando a proteger a parte mais fraca da relação jurídica - o consumidor. Quando um consumidor ingressa no Judiciário em uma demanda contra uma grande empresa, por ser aquele o autor, seria dele o ônus da prova. Supondo, a título de exemplo, que esta empresa seja um banco que tem realizado saques indevidos na conta do autor durante muitos meses. Como pode o autor produzir provas para comprovar seus argumentos se toda a documentação bancária, bem como o histórico de transações com data superior a 60 dias ficam resguardados sob sigilo bancário? Como pode o autor comprovar que não contraiu nenhum empréstimo através de internet banking, se o servidor de internet do banco é inacessível?
É nesses casos que se faz necessário o instituto da inversão do ônus da prova, obrigando as empresas, ora rés, a comprovar que as acusações do autor não procedem, pois só elas tem recursos e meios para tal.
Espero ter ajudado. Sds.
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