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Quais as implicações da critica ao dualismo entre natureza e o natureza e cultura ?

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luan figueiredo

esta sondas de texto para o legado de um dualismo central da cultura ocidental - natureza versus cultura - para examinar como o tropo da "mulher natural" construído no modernos ursos período, mediante as lógicas narrativas de dois romances europeias representativas de do século XIX: Madame Bovary , de Gustave Flaubert e Ana Leon Tolstoi de Karenina . Em seguida, ele se concentra em algumas cenas de Kate Chopin's O despertar e Virgínia Woolf`s para o farol para mostrar até que ponto a representação do experiência da corporalidade ' personagens femininas des- descobrir os dualismos sobre a qual normas de gênero cultural tradicionais se baseiam e, portanto, subverter a inscrição de o corpo como o locus da reprodução da feminilidade.

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RD Resoluções

Quais as implicações da critica ao dualismo entre natureza e o natureza e cultura ?

Disciplina: Sociologia


A separação entre natureza e cultura a partir do entendimento que a natureza deve ser dominada pela cultura é responsável pelo atual desequilíbrio da ecologia planetária promovido pelos seres humanos.

É comum usarmos os conceitos de natureza e cultura como distintos e até opostos. No entanto, muitos dos costumes que nos são comuns foram construídos historicamente a partir de interesses específicos. A separação entre natureza e cultura foi uma construção historicamente conduzida pelas sociedades modernas e é responsável pelas crises convergentes que vivemos hoje.


A nossa visão de mundo atual foi construída no advento da modernidade. Ou seja, no período marcado pelo renascimento científico com a dessacralização do mundo e emergência das ciências fragmentadas. Nesse contexto, o adjetivo moderno tem apontado para uma ruptura na passagem do tempo, isto é, para o início de um novo regime, uma aceleração no e do tempo, uma revolução. Assim, a noção de moderno acaba por representar um combate entre vencedores e vencidos estabelecendo um antagonismo entre sociedades modernas constituindo a “Idade das Luzes” versus sociedades não-modernas representativas de uma “Idade das Trevas”.

Com a dessacralização do mundo e a hegemonia conquistada pelas ciências de base cartesiana e newtoniana, a modernidade se estabelece a partir da divisão entre o que é considerado natureza e o que é cultura; o que é humano e o que é não-humano; o que tem agência, intencionalidade e subjetividade e o que é objetivo e inerte; entre o conhecimento (da natureza) e o poder (da cultura/sociedade). Então, tem-se, de um lado, a natureza e seus porta-vozes cientistas transformando-a em ciência; do outro lado, os políticos, porta-vozes da cultura transformada em política. No entanto, não foi sobre natureza no sentido científico que os modernos realmente se ocuparam. É a natureza no sentido da economia que teve um papel definitivo na modernização.


Todavia, vive-se hoje um curto-circuito que colapsa a ideologia de separação entre natureza e cultura uma vez que essa separação tem produzido inúmeras crises. As crises convergentes que vivemos enquanto civilização humana no planeta demonstra como nós modernos estamos produzindo eventos catastróficos, a exemplo da crise ecológica, que respaldam a impossibilidade dessa dicotomia entre natureza e cultura e como nossa visão de mundo já pouco tem a ver com a realidade do cotidiano. Além de viver uma crise de civilização, estamos vivendo uma crise de identidade porque não podemos mais ser representados por cultura em oposição à natureza como se fossem separáveis, independentes e distintas.

A visão de mundo moderna marcada pela separação entre natureza e cultura, objeto e sujeito, não humano e humano, tradicional e moderno etc. não serve mais para orientar o cotidiano da modernidade. Isso não quer dizer, ademais, que já tenha servido, adequadamente, em outro momento. De fato, o mundo nunca pôde ser entendido apropriadamente a partir desses dualismos. O que acontece hoje é que o monopólio de legitimidade reivindicado pelos modernos sobre essa ideologia dual e simplista é impraticável em tempos onde os mistos de natureza e cultura espalham-se por todos os cantos e se apresentam como graves problemas éticos da modernidade.


Estamos caminhando para um mundo não-moderno, no sentido de uma superação obrigatória e, em alguma medida, involuntária da modernidade. Com a falência do paradigma moderno, surge então a busca de uma nova cosmopolítica, isto é, de um novo entendimento e nova modalidade de governo em que seja impossível tratar de política e de cultura sem falar de natureza e vice-versa já que a própria natureza tem oferecido, desde sempre, uma lição de política. O que foi tomado como ontológico, isto é, como o próprio modo de ser do mundo (a separação natureza e cultura, humano e não-humano, tradicional e moderno, etc.) é ideológico e pode e deve ser reformulado a fim de que possamos ser orientados por uma visão de mundo que reconecte o que nunca esteve, na realidade, separado.

As questões envolvidas na ecologia política como os conflitos em torno da criação de unidades de conservação onde residem populações locais, as mudanças climáticas, a erosão de biodiversidade associada à extinção de línguas indígenas etc. são exemplos que permitem pensar as complexas associações entre o que antes fora entendido como natureza e cultura; mas que nesse contexto só podem ser entendido como um complexo interdependente de naturezas-culturas.

Todos esses exemplos nascem das próprias sociedades modernas para apresentar a impraticabilidade das bases conceituais da modernidade. Mas, se voltarmos nosso olhar para a maioria das sociedades não modernas constataremos a impossibilidade de separação de natureza e cultura, tradicional e moderno, humano e não-humano etc. O encontro com as sabedorias tradicionais nos mostra, além disso, como a nossa cosmovisão tem como marcas a categorização de si e do outro a partir de uma redução simplista da complexidade do mundo.

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