Os dispositivos aplicados à evicção no Código Civil são os artigos 447 a 457.
Evicção é a perda de bem por alguém que o adquiriu, em razão de ato judicial ou administrativo que reconheça direito de terceiro em razão de circunstância existente antes da aquisição do bem.
Exemplificando, se, em sede de execução, o executado aliena bens para evitar a penhora, então aquele terceiro adquirente perderá sua posse ou propriedade ou uso em favor do exequente, se assim for determinado em sede judicial.
Vícios redibitórios são os chamados vícios ou defeitos ocultos existentes em determinado bem, a ponto de reduzirem seu valor ou tornarem impróprio para uso.
Esses vícios podem gerar a rejeição da coisa ou o abatimento proporcional do valor, em caso de redução, mas a escolhe fica a critério do credor.
Ademais, se o vício não era conhecido pelo alienante, então deve ser restituído o que foi pago, além dos valores do contrato. Entretanto, se tinha conhecimento, mas omitiu, então deve restituir o valor do bem, as custas do contrato e perdas e danos.
O alienante permanece responsável ainda que a coisa pereça e, poder do adquirente, se ocorreu em razão do vício oculto.
Qual o prazo para alegar vícios redibitórios, com as consequências acima expostas?
É decadencial e de um ano para bens imóveis e 30 dias para bens móveis, a contar da data de recebimento do bem. Se na data da efetiva entrega o adquirente já estivesse na posse, então o prazo é reduzido para 6 meses e 15 dias, respectivamente, ou seja, reduzido para a metade do prazo assinalado.
Mas se a natureza do vício redibitório só puder ser conhecida posteriormente, então se contará a partir da data da ciência do vício, no prazo máximo de 180 dias para bens móveis e 1 ano para bens imóveis.
O prazo pode ser suspenso na constância de cláusula de garantia, desde que denunciado ao alienante em até 30 dias a contar de seu descobrimento.
Normas legais: arts. 441 a 446, do CC.
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