Não. nos crimes omissivos próprios ou puros, a omissão está contida no tipo penal, ou seja, a descrição da conduta prevê a realização do crime por meio de uma conduta negativa. Não há previsão legal do dever jurídico de agir, de forma que o crime pode ser praticado por qualquer pessoa que se encontre na posição indicada pelo tipo penal. Nesses casos, o omitente não responde pelo resultado naturalístico eventualmente produzido, mas somente pela sua omissão. Exemplo típico é o crime de omissão de socorro, definido pelo art. 135 do CP. Os crimes omissivos próprios são unissubsistentes, isto é, a conduta é composta de um único ato. Como decorrência, não admitem a forma tentada;
Já no caso em tela "Sequestro", trata-se de Crimes permanentes cuja consumação se prolonga no tempo, por vontade do agente. O ordenamento jurídico é agredido reiteradamente, razão pela qual a prisão em flagrante é cabível a qualquer momento, enquanto perdurar a situação de ilicitude.
Fonte:
Código Penal comentado/Cleber Masson. 2. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2014.
Assinale a opção correta quanto às formas de exteriorização da conduta típica.
a) | O crime de seqüestro exige uma conduta omissiva. |
b) | O crime de omissão de socorro é classificado como omissivo impróprio. |
c) | A apropriação de coisa achada é delito de conduta omissiva e comissiva ao mesmo tempo. |
d) | A apropriação indébita previdenciária é crime de conduta comissiva, apenas. |
A assertiva A está incorreta, pois é exigido uma conduta comissiva.
A assertiva B está incorreta, pois a omissão de socorro é crime omissivo próprio.
A assertiva C está correta, pois o ato de encontra (comissivo) e deixar de entregar à autoridade competente (omissivo) configura esse crime.
A assertiva D está incorreta, pois é crime omissivo próprio.
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