TI ED VIII

Pergunta 1

1. As intervenções de restauro têm como referência cartas internacionais que repercutem nessas práticas também no Brasil. São exemplos desses documentos:

	a.	Carta de Atenas (1964), Carta de Nairóbi (1976), Carta de Brasília (1988).
	b.	Carta de Atenas (1931), Carta de Veneza (1964) e Carta de Nairóbi (1976).
	c.	Carta de Atenas (1931), Carta de Veneza (1964) e Carta de Lagos (1976).
	d.	Carta de Brasília (1964), Carta de Nairóbi (1976) e Carta de Veneza (1984).
	e.	Carta modernista (1922), Carta patrimonial do SPHAN (1937) e Carta de Referências Culturais (1988).

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Pergunta 2

1. A preservação do patrimônio urbano edificado depende muitas vezes de obras de conservação e restauro. Sobre a metodologia a ser empregada, a Carta de Veneza de 1964 propunha que:

	a.	Houvesse uma retomada do edifício na sua feição original retirando-se qualquer marca do tempo.
	b.	Fosse alcançada a unidade estilística do imóvel.
	c.	A restauração deveria destacar-se do original e ostentar a marca do nosso tempo.
	d.	Não houvesse qualquer tipo de intervenção na construção.
	e.	As técnicas construtivas fossem imitadas e as intervenções ficassem invisíveis.

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Pergunta 3

1. “Ao recontextualizar o bem, rementendo-o simbolicamente a um espaço-tempo histórico-mítico, o tombamento acrescenta-lhe novos significados, que permitem transcender sua existência comum, passando a pertencer concomitantemente, ao passado e ao presente. O processo de tombamento [...] é uma ação ritualizada, que retira o bem do cotidiano e o reveste de significações, participando agora de outra narrativa e cronologia. Nesse ritual, o bem adquire uma segunda existência: é incorporado ao conjunto patrimonial – mítico, sagrado e sacralizado” (PEREIRA, JÚLIA W. O tombamento: de instrumento a processo na construção de uma ideia de nação. In:  CHUVA, M. NOGUEIRA, A. G. R. Patrimônio Cultural. Políticas e perspectivas de preservação no Brasil. RJ, Mauad/Faperj, 2012, p. 166).

O processo descrito é chamado de:

	a.	Patrimônio cultural.
	b.	Salvaguarda.
	c.	Ritualização.
	d.	Patrimonialização.
	e.	Restauro.

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Pergunta 4

1. “O inventário sistemático dos bens culturais visa ao conhecimento e à proteção do acervo, ajuda a fundamentar a seleção, a definição dos critérios que orientam a seleção e o registro. A realização de inventários foi e é ponto de partida e meio fundamental para a definição de políticas de patrimônio” (OLIVEIRA, Lúcia Lippi. Cultura é patrimônio. Um guia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008, p. 133).

Sobre os inventários, podemos afirmar que:

	a.	São a única forma de garantir a preservação do patrimônio.
	b.	São dispositivos legais de preservação do patrimônio.
	c.	Podem preparar ações de tombamento ou registro.
	d.	Surgiram há pouco tempo como recurso auxiliar para as políticas de preservação.
	e.	Têm efeito prático bastante discutível.

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Pergunta 5

1. “A nova concepção de patrimônio, chamado de imaterial ou tangível, refere-se a lugares, festas, religiões, formas de medicina popular, música, dança, culinária, técnicas, entre outras manifestações” (OLIVEIRA, Lúcia Lippi. Cultura é patrimônio. Um guia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008, p. 132).

Para essa visão de patrimônio exposta na frase anterior, podemos considerar que o principal procedimento legal a ser tomado tendo em vista sua preservação seria:

	a.	Registro.
	b.	Tombamento.
	c.	Desapropriação.
	d.	Fotos e vídeos.
	e.	Criação de cooperativa.

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Pergunta 6

1. A educação patrimonial tem sido defendida como recurso importante de preservação, pois:

	a.	Valoriza a cultura das comunidades locais, contribuindo para seu engajamento na preservação.
	b.	Fortalece sentimentos de identidade e cidadania.
	c.	Contribui para a percepção da diversidade e para o desenvolvimento do espírito de tolerância.
	d.	Auxilia na compreensão do universo social no qual a comunidade está inserida.
	e.	Todas as alternativas anteriores estão corretas.

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Pergunta 7

1. “Se a década de 1980 correspondeu ao momento de transição para o regime democrático no Brasil, no mesmo período o IPHAN também passava por mudanças internas que favoreciam a adoção de projetos voltados para a participação mais ampla dos grupos sociais envolvidos” (THOMPSON, A.; PEREIRA F., H. Memória oral e o IPHAN: fontes, metodologia e reflexões no campo do patrimônio cultural. In CHUVA, M.; NOGUEIRA, A. G. R. Patrimônio Cultural. Políticas e perspectivas de preservação no Brasil. RJ, Mauad/Faperj, 2012, p. 17).

As mudanças observadas na política de preservação do IPHAN nos anos 1980 relacionam-se com:

	a.	O esgotamento do modelo anterior face às pressões da comunidade científica internacional.
	b.	Demandas sociais de direito à memória e ampliação do conceito de patrimônio que repercutiram na Constituição de 1988.
	c.	Interferências de organismos internacionais na orientação da política nacional de preservação.
	d.	Evolução das técnicas do restauro crítico.
	e.	As tendências teóricas voltadas para a consideração da importância da arquitetura moderna.

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Pergunta 8

1. Dentre as ameaças à preservação do patrimônio no Brasil, podemos apontar:

	a.	A ausência de uma legislação de proteção.
	b.	A falta de órgão público destinado a cuidar do patrimônio.
	c.	A falta de conhecimento sobre técnicas de restauro.
	d.	Desenvolvimento econômico predatório e falta de significado social do bem.
	e.	Deterioração dos bens devido à sua má qualidade construtiva.

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Pergunta 9

1. “Significativamente, a predominância do patrimônio edificado é avassaladora: igrejas, capelas, quartéis, fortes, cadeias, palácios, casas de câmara, imponentes casarões, logo surgiram nas listagens e foram paciente (e valorosamente) restaurados e postos à visitação pública como símbolos do passado da nação. Estavam assim consagrados e definidos os elementos simbólicos – as sedes do poder político, religioso, militar, da classe dominante com seus feitos e modos de vida” (FENELON, Déa. Políticas culturais e patrimônio histórico. In: O direito à memória: patrimônio histórico e cidadania. São Paulo: DPH, 1992, p. 30).

Essas frases da historiadora Déa Fenelon sobre a história da preservação do patrimônio cultural no Brasil revelam que:

	a.	O conceito de patrimônio que esteve na base da política de preservação que deu origem à situação descrita não se confunde com a produção cultural das elites econômicas e políticas.
	b.	A política tradicional de preservação do IPHAN levada a efeito especialmente até a década de 1970 também conhecida como de “pedra e cal” favoreceu a produção cultural das elites.
	c.	A política de preservação do patrimônio no Brasil foi desde sempre ampla, abrangendo a produção cultural de todas as camadas da sociedade.
	d.	As decisões de tombamento e restauro no Brasil se concentraram na produção cultural intangível da elite.
	e.	A política de preservação nem sempre esteve a serviço da construção do imaginário da nação.

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Pergunta 10

1. Temos assistido ao interesse crescente por lugares de referência histórica e cultural como destino de turismo. Sobre a relação dessa atividade com a preservação do patrimônio, podemos afirmar que:

	a.	Se for bem conduzida pode contribuir para o desenvolvimento local autossustentado e para a preservação.
	b.	Deve ser evitada pelo risco que oferece à preservação do patrimônio.
	c.	É um recurso importante para chamar a atenção dos órgãos oficiais para a preservação.
	d.	Não há risco ao patrimônio nem benefício para a população local.
	e.	Tem sido um obstáculo à preservação do patrimônio.