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comente sobre as especies de ação penal

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Letícia Neves

"A divisão é subjetiva, em função da qualidade do sujeito que detém a sua titularidade.

De acordo com esse critério, as ações são classificadas em ação penal de iniciativa pública e ação penal de iniciativa privada. A primeira subdivide-se em ação penal pública condicionada que pode ser por representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça e a ação penal pública incondicionada. Já a ação penal privada pode ser principal (ou exclusiva), personalíssima e subsidiária da pública.

As terminologias utilizadas, quais sejam, ação penal pública e ação penal privada não estão de acordo com os conceitos que representam, pois, de acordo com as características apresentadas, o direito de ação é tido como um direito público tão somente e tem, sempre, natureza pública. Porém, essa classificação é baseada segundo o titular do interesse de agir que, nos casos de ações penais públicas, são promovidas pelo Ministério Público e nos casos de ação penal privada, esta será promovida pela vítima ou seu representante legal.

O critério identificador da ação penal pública ou privada é estabelecido pelo Art. 100 do Código Penal ou pela legislação especial e através dele identificamos se a ação é pública incondicionada, condicionada ou privada. Na pública incondicionada, há silêncio da lei. Na pública condicionada, há expressa menção no texto legal, assim como, nas ações privadas.

III. 1 – Da Ação penal pública:

A iniciativa dessa ação é de um órgão estatal representando o próprio interesse social. A Constituição Federal, no art. 129, inciso I, estabelece, em outras palavras que, se a infração penal é sujeita à ação penal pública, somente o Ministério Público poderá propô-la, seja ela condicionada ou incondicionada.

A ação pública incondicionada se diferencia da ação pública condicionada pelo fato da última depender da interferência do ofendido, de seu representante legal ou da requisição do Ministro da Justiça que deverão manifestar sua vontade para que a ação seja proposta, ou seja, é preciso que haja, no primeiro caso, uma representação, que nada mais é do que, a manifestação de consentimento permitindo ao Ministério Público agir.

III. 1.1 Ação Penal Pública Incondicionada:

A ação penal pública incondicionada está prevista no artigo 100, caput, 1ª parte do Código Penal e no artigo 24, caput, 1ª parte do Código de Processo Penal. Ela é regra no sistema penal brasileiro e, por isso, não tem previsão legal expressa. Isso por uma razão de racionalidade ou economicidade, ou seja, o Código Penal após definir um delito, sempre se refere à ação penal, mas, nos casos de ação pública incondicionada, pelos motivos já expostos acima, não há essa definição expressa, apenas nos casos de ações públicas condicionadas e ações de iniciativa privativa do ofendido".

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Estudante PD

A ação penal pública é regida pelos seguintes princípios:

Indisponibilidade: o Ministério Público não pode desistir da ação penal já instaurada.

Obrigatoriedade: O Ministério Público tem a obrigação legal de propor a ação penal quanto existe indícios suficientes da autoria e prova da materialidade.

Oficialidade: O Ministério Público é o órgão acusador oficial.

Oficiosidade: Quando há uma ação penal pública incondicionada o Ministério Público atua sem precisar de provocação das partes.

Divisibilidade: a falta de todos os infratores no polo passivo de uma ação penal não obsta que o Ministério Público proponha uma ação penal futura depois de descobrir o paradeiro dos fugitivos. 

A ação Penal privada é regida pelos seguintes princípios:

Disponibilidade: o ofendido pode dispor da ação penal privada.

Conveniência e oportunidade: o ofendido não é obrigado a propor a ação penal privada.

Indivisibilidade: se o ofendido não propor a ação penal contra todos os agentes criminosos será considerado uma renúncia a ação penal, desse modo, o processo não poderá continuar contra os já denunciados. 

As ações penais são divididas em:

Ação Penal pública:

1 - Ação penal pública incondicionada: não é preciso de representação para o Ministério Público denunciar o acusado.

2 - Ação penal pública condicionada à representação do ofendido: é necessário a representação no prazo de 6 meses sob pena de decadência.

3 - Ação penal pública condicionada à requisição do ministro da justiça: é necessário a representação no prazo de 6 meses sob pena de decadência.

Ação Penal Privada:

1 - Ação penal privada propriamente dita: Nessa o querelante promove a queixa crime no prazo de 6 meses do descobrimento da autoria.

2 - Ação penal privada personalíssima: Nessa o querelante promove a queixa crime no prazo de 6 meses do descobrimento da autoria. Essa ação penal tem uma especialidade em relação a anterior, pois, caso o querelante morra seu direito de oferecer a queixa crime não passa para seus parentes. 

3 - Ação penal privada subsidiária da pública: é exercida quando o Ministério Público não oferece a denúncia no prazo legal. 

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