Considere a afirmação: O réu é citado para se defender (art. 213, CPC). Ele é citado simplesmente para se defender?

Ótima resposta. Permita-me acrescentar algo.

Realmente, o réu é citado, nos termos (incompleto) do art. 213, para se defender. Na verdade, o réu é citado para responder. O dispositivo disse menos do que deveria. O réu, uma vez citado, pode se defender, pode quedar-se inerte, reconhecer o pedido do autor, ou, ainda, pode contra-atacar. Com exceção da primeira situação, em todas as outras o réu não só se defente.

É que ocorre quando o réu nada diz, quando assumi o pedido do autor, quando apresenta Reconvenção, pedido contraposto, Ação Declaratória incidental, ou, ainda, quando provoca intervenção de terceiros.

Valeu.

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A citação é o mais importante ato de comunicação processual, ela tem o condão de extender a relação processual ao réu citado que passa a integra-la. Deste ato decorrem diverso efeitos processuais na legislação e, além disso abre a possibilidade do réu citado pratica atos em seu interesse. A definição legal do art. 213 é incompleta.

Diante do afirmado, não pode se afirmar que ele é citado simplesmente para se defender, e por duas razões. A primeira diz respeito a avaliação estratégica do réu que não é obrigado a se defender no processo, ele pode optar estratégicamente em não fazê-lo, tudo dependerá do caso concreto. Isso decorre da própria definição da citação como um ato de comunicação. A segunda diz respeito a variedade de atos que podem ser praticados pelo réu citado, constitui um prazo de resposta, não necessáriamente de defesa.

Ótima pergunta.