A responsabilidade civil poderá ser subjetiva, quando necessária a comprovação de culpa do agente causador do dano e a responsabilidade objetiva, quando importante comprovar somente a ocorrência do dano e o nexo causal.
A responsabilidade civil exige, basicamente, três requisitos, em regra:
1) Conduta: ação ou omissão;
2) Nexo de causalidade: liame entre a conduta e o dano;
3) Dano: ainda que exclusivamente moral.
Para a responsabilidade objetiva, exceção no Código Civil, mas regra no CDC e no Direito Administrativo, esses requisitos bastam, independentemente de demonstração de elemento anímico (dolo ou culpa).
Na responsabilidade subjetiva, regra adotada pelo Código Civil, ao lado da conduta, do nexo de causalidade e do dano deve ser acrescido o elemento anímico, que é a culpa em sentido amplo e que envolve dolo ou culpa. Vejamos o art. 186, do CC:
"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito."
Previsão diversa é trazida pelo art. 12, do CDC:
"Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos."
No mesmo sentido, a previsão constitucional da responsabilidade objetiva do Estado:
"Art. 37. [...]
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."
Percebamos, quanto ao último artigo, que a CRFB disse que as PJ de direito público e as de direito privado prestadora de serviços públicos respondem pelos danos causados, nada falando acerca de culpa. Entretanto, quando assim quis, o fez, exclusivamente no caso da ação regressiva em face do agente causador.
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