Muito bem, doutrinadores, jurisprudência, constituição federal e até o próprio CPP, dizem que são inadimissíveis as provas ilícitas (ilícita em sentido estrito e ilegítima), embora a lei 11.690/08 não fez tal distinção, a doutrina o faz. Também não são admitidas as provas ilícitas por derivação. Lembrando, sempre, da teoria da proporcionalidade. Sendo assim, umas das alternativas do juiz é destruir aquela prova. Agora vêm as perguntas. Se o juiz analisou-a e viu que está prova é ilícita, não estaria ele contaminado? Esta mesma prova não o tornaria impróprio para julgar? Será que esta prova não influenciaria no seu julgamento? O que deveria acontecer seria a sua retirada do processo, ou melhor, sua substituição. (opinião)
A prova ilícita ou derivada da ilícita só será desentranhada dos autos e invalidada SE FOR EM DESFAVOR DO RÉU, ou seja, a prova ilícita ou derivada da ilícita é admitida para beneficiar o réu.
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690 , de 2008)
Por força do princípio da proporcionalidade a prova ilícita poderá ser admitida em favor do réu. Pois, se de um lado há a proibição da prova ilícita, do outro há a presunção de inocência, e entre os dois deve preponderar a presunção de inocência. Assim, a prova ilícita não serve para condenar ninguém, mas para absolver o inocente.
Fernanda, não obstante eu ser caloura no site passei direto, sou advogada há 10 anos e especialista na área criminal.....lhe garanto que a prova ilícita, para beneficiar o réu é possível e aceita. Leia meu comentário acima e procure aprofundar-se no assunto.
Hj temos que ler o direito a par e passo com os princípios, numa direção garantista.
Sua leitura está sendo bastante legalista.....aconselho ler muita jurisprudencia e informativos...a tendência é saber demais princípios, Direitos Humanos associados a sociologia e filosofia do direito.
Veja, sua resposta não está errada - está incompleta.....vc precisa agregar o entendimento jurisprudencial que usa do princípio da proporcionalidade para admitir a prova ilícita em favor do réu, ponderando tal situação com a presunção de inocência.
A prova ilícita é proibida para condenar alguém, mas é permitida para absolver.
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